Buenos Aires, 30 dez (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, considerou nesta quinta-feira que 2010 foi "excepcional" para seu país, mas disse que em contrapartida foi o pior ano de sua vida, aludindo à morte de seu marido e antecessor na Presidência, Néstor Kirchner.
"Foi um ano de fortes contrastes", avaliou Cristina em mensagem de uns cinco minutos transmitida em cadeia nacional.
"Por um lado, foi excepcional para a Argentina, que teve o maior período de crescimento de sua história, com recorde de reservas monetárias, consumo em massa, aumento de sua atividade econômica, queda no desemprego e um reposicionamento do país no mundo", enumerou.
"Mas no pessoal, 2010 foi o pior ano da minha vida", indicou.
Cristina pediu a todos os argentinos, inclusive aos que não gostam dela, que quando levantarem suas taças para receber 2011, pensem "no país e um 'segundinho' nele", referindo-se a Kirchner, "que tanto teve a ver com a Argentina de hoje".
"Dedicou sua vida à Argentina. Comprometo-me a redobrar meus esforços, a tirar horas do meu descanso, como ele fazia. Seu sacrifício e suas convicções são o que me guia", afirmou com a voz embargada.
Após insistir em lembrar Kirchner, morto em outubro, Cristina reiterou que seu compromisso com o povo é "inquebrantável" e homenageou "os mais de 40 milhões de argentinos que participam do esforço coletivo para que o país cresça". EFE