Brasília, 19 jul (EFE).- O Governo anunciou hoje que investirá R$
5,6 bilhões nos aeroportos do Brasil, um dos aspectos que causam
maior preocupação com relação à Copa do Mundo de 2014, que será
realizada no país.
O anúncio foi feito em um ato liderado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que também assinou um decreto que aumenta a
capacidade de endividamento das 12 cidades que receberão as
partidas.
Lula voltou a rebater as críticas aos atrasos nas obras para a
competição, designada ao Brasil pela Fifa há quase três anos.
"Outro dia, alguém disse que já perdemos dois anos e oito meses
desde que a Copa foi outorgada ao Brasil e que não fizemos nada",
declarou em alusão aos comentários do secretário-executivo da Fifa,
Jerome Valcke, sobre a demora nas obras, sobretudo nos aeroportos.
Lula, que na semana passada tinha dito que "parece que alguns
pensam que há um bando de idiotas" na organização do Mundial,
afirmou hoje que "a insensatez leva alguns a esquecer que há um
ritual burocrático" para liberar os recursos e iniciar as obras.
O investimento anunciada hoje será dirigido aos aeroportos de
Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus,
Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo,
as doze cidades sedes.
A maior verba será recebida pelo aeroporto paulista de Guarulhos,
no qual as obras custarão R$ 1,2 bilhão, enquanto a reforma mais
barata será no terminal aéreo de Recife, que receberá apenas R$ 19,8
milhões.
No caso do Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o
Governo anunciou que o aeroporto internacional Tom Jobim receberá
investimentos de aproximadamente R$ 687 milhões.
A previsão do Governo é que todas as obras estejam concluídas
ente junho de 2013 e abril de 2014, a fim de que os aeroportos
estejam prontos para receber o grande número de turistas que deverão
visitar o país.
Participaram do ato, realizado na sede do Ministério das Relações
Exteriores, vários ministros, assim como os presidentes da CBF,
Ricardo Teixeira, e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos
Nuzman, e autoridades das 12 cidades.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, os investimentos
anunciados hoje significam "outro passo firme que o Brasil dá para a
organização de dois grandes eventos esportivos (o Mundial e os Jogos
Olímpicos), que marcarão a história do país". EFE