Brasília, 5 abr (EFE).- A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi condecorada nesta terça-feira com a insígnia de "Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa", uma distinção reservada a pessoas que prestaram "relevantes serviços às Forças Armadas do Brasil".
Dilma, que entre 1970 e 1972 ficou presa e foi torturada por sua militância contra a ditadura que governava o país na época, destacou ao receber a condecoração "a evolução democrática da sociedade brasileira" e o "alto grau de maturidade institucional" de um país que, afirmou, "corrigiu seus próprios caminhos".
A distinção é entregue tradicionalmente a todos os chefes de Estado do Brasil e Dilma a recebeu das mãos do ministro da Defesa, Nelson Jobim, em um ato que reuniu no Palácio do Planalto as mais altas autoridades militares do país, assim como inúmeros ministros e parlamentares.
Em seu discurso, a presidente também destacou seu "orgulho" por ser "a primeira mulher" que recebeu a "mais alta condecoração do Exército" e disse estar convencida da importância das Forças Armadas na "construção de um país plenamente desenvolvido" e de seu papel na "consolidação de um estado democrático de direito".
A presidente reiterou seu compromisso de fortalecer o combate à pobreza e assinalou que em um país como o Brasil, "ainda desigual" socialmente, seria "tentador" pensar que "a modernização das Forças Armadas é um esforço ocioso ou prejudicial".
No entanto, e apesar dos cortes orçamentários que afetaram vários ministérios neste ano, entre eles o de Defesa, Dilma afirmou que as Forças Armadas "não serão consideradas um elemento menor da agenda nacional" e garantiu que os planos de modernização se mantêm, apesar dos problemas fiscais do governo. EFE