O dólar opera em baixa no mercado à vista nesta segunda-feira (18) após subir 1,81%, a R$ 5,3042 na última sexta-feira. A liquidez está reduzida pelo feriado, hoje, nos Estados Unidos. A queda da moeda americana ante o real reflete uma realização de ganhos, após as altas na sexta. O catalisador é o alivio com o início da vacinação contra covid-19 no País marcado para hoje.
São Paulo deu a largada na imunização no estado ontem, depois que a Anvisa aprovou o uso emergencial das vacinas da Coronavac e da farmacêutica AstraZeneca/Oxford (LON:AZN); (SA:A1ZN34), sob críticas do Ministério da Saúde. O ajuste interno da moeda americana contraria, por enquanto, a alta do dólar no exterior em meio à aversão ao risco.
Contudo, o ajuste de baixa frente o real é limitado por vários fatores. "Avaliamos que o complexo contexto de pandemia global, as disputas políticas internas e a péssima atuação do governo federal no enfrentamento da crise sanitária apontam para uma boa dose de precaução para as próximas semanas e meses", ressaltam economistas da Renascença DTVM, em nota a clientes.
O Índice de Atividade (IBC-Br) do Banco Central é monitorado, mas não mexe aparentemente com a formação de preços. O indicador subiu 0,59% em novembro ante outubro, na série já livre de influências sazonais - no sétimo mês consecutivo de alta e acima da mediana do mercado (+0,50%). Em outubro, o avanço havia sido de 0,75% (dado revisado ante o anterior, de 1,76%). Conspiram para essa acomodação na atividade o fim dos auxílios aos trabalhadores e empresários num ambiente de falta de dinamismo, diz o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito. Aparentemente, o indicador esta em segundo plano.
Às 9h46, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 5,2991. O dólar futuro de fevereiro subia 0,12%, a R$ 5,30, refletindo ajuste ao fechamento de sexta-feira inferior (a R$ 5,2935) ao valor de fechamento do dólar à vista (a R$ 5,3042).