O dólar apresentou volatilidade nos primeiros negócios desta quarta-feira, 21. A divisa americana retomou a queda registrada nos primeiros negócios em meio à valorização das commodities, após uma ligeira alta pontual no mercado à vista.
Com a agenda econômica esvaziada aqui e no exterior, as atenções ficam em revisões preliminares dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (11h), antes da publicação da última ata de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), prevista para 15 horas. Ainda há expectativas pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell em Jackson Hole, na sexta-feira.
Os dados e sinais do Fed devem trazer luz às apostas dos investidores sobre corte de juros, se poderá mesmo começar em setembro como é esperado majoritariamente no mercado e qual a possível intensidade do ciclo total de flexibilização neste ano.
O minério de ferro saltou mais de 4% na China hoje, após quedas acentuadas recentemente. Já o petróleo exibe ligeiro ganho, em uma recuperação após três pregões negativos, enquanto investidores seguem atentos a conversas para um possível cessar-fogo entre Israel e o Hamas e aguardam pesquisa semanal oficial sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA.
No mercado interno, segundo boa parte dos analistas, seria importante que o dólar se mantivesse abaixo dos R$ 5,50 nas próximas semanas, o que diminuiria riscos de contaminação da inflação e, por consequência, as chances de o Banco Central brasileiro elevar a taxa Selic. Na segunda, 20, as sinalizações mais moderadas dos dirigentes do BC favoreceram uma inversão da dinâmica da curva de juros, que registrou queda na ponta curta e alta na longa.
Às 9h40 desta terça, o dólar à vista rodava perto da estabilidade, com viés de baixa de 0,14%, cotado a R$ 5,4755. Na mínima, caiu a R$ 5,4595 (-043%) e, na máxima, registrou R$ 5,4855 (+0,04%).