O dólar segue oscilando sem direção definida e rondava a estabilidade. Às 10h50, exibia viés de alta de 0,07%, a R$ 5,2512, após registrar mínima a R$ 5,2192 e máxima a R$ 5,2627.
O operador Hideaki Iha, da corretora Fair, disse que o mercado começou o dia com expectativa forte pela agenda carregada, com ata do Comitê de Política Monetária (Copom), Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, votação do voto impresso em plenário na Câmara e parada militar, em Brasília, mas o ambiente segue aparentemente calmo, com oscilações entre margens relativamente estreitas, por enquanto.
A parada militar no dia de votação do voto impresso na Câmara é demonstração de força do presidente da República, Jair Bolsonaro, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, é experiente e se espera que ele não ceda às pressões e conduza sem sobressaltos a sessão de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso em plenário hoje, comenta Iha.
A defesa dessa proposta tem feito o presidente Jair Bolsonaro lançar reiteradas ameaças golpistas ao dizer que não haverá eleições em 2022 se não houver mudança no sistema eleitoral.
Iha afirma que pode estar ocorrendo entrada de fluxo aliviando o dólar, mas o cenário local é ruim, afirma, com muitas incertezas e o volume de fluxo de entrada tende a continuar sendo pequeno e para arbitragens de taxas, uma vez que os investimentos diretos vem caindo neste ano. "O que o País precisa é resgatar a credibilidade perdida, que está faltando para atrair mais investidores estrangeiros", avalia o profissional. "Estão fazendo contabilidade criativa com o parcelamento de precatórios e as mudanças no Bolsa Família, que precisam de regras claras para convencer a população e o mercado", comenta. Ainda não aconteceu nada, na prática, tudo esta para acontecer, acrescentou.