Dólar apaga as perdas no Brasil puxado por dados acima do esperado nos EUA

Publicado 25.09.2025, 09:13
Atualizado 25.09.2025, 10:56
© Reuters.

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A divulgação de dados acima do esperado sobre o mercado de trabalho e a economia dos Estados Unidos nesta manhã de quinta-feira deu força ao dólar ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde a moeda norte-americana apagou as leves perdas de mais cedo.

Às 10h37, o dólar à vista tinha leve alta de 0,07%, aos R$5,3312 na venda.

Na B3, o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- tinha elevação um pouco maior, de 0,38%, aos R$5,3325, em meio a ajustes técnicos em relação ao fim da sessão de quarta-feira.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 14.000, para 218.000 na semana encerrada em 20 de setembro, em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 235.000 pedidos para a última semana.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada revisada para cima de 3,8% no segundo trimestre, informou o Departamento de Comércio. O percentual representa uma elevação ante a estimativa anterior, de 3,3%.

Os números mais fortes que o esperado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante outras divisas, com investidores dosando a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.

Em reação, o dólar à vista apagou as baixas no Brasil, deixando em segundo plano as divulgações de mais cedo. Antes da abertura da sessão, o Banco Central havia informado, por meio do Relatório de Política Monetária, que reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, de 2,1% para 2,0%. Além disso, estimou em 1,5% a expansão da economia em 2026.

"A ligeira redução decorre dos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, bem como de sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre", disse o BC no documento.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,48% em setembro, abaixo da estimativa de 0,51% dos economistas em pesquisa da Reuters.

No mercado futuro da B3, no fim da tarde de quarta-feira o dólar para outubro havia perdido força ante o real, em meio a especulações na imprensa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado à prisão, teria aceitado apoiar o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na corrida presidencial de 2026. Naquele momento, o mercado à vista já estava fechado.

Sem uma confirmação oficial do arranjo político, nesta quinta-feira o dólar para outubro passa por ajustes técnicos e exibe altas percentuais maiores que as vistas no mercado à vista.

No exterior, às 10h41, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,36%, a 98,186, na esteira dos dados divulgados nos EUA.

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