O dólar opera em baixa ante o real e outros pares emergentes e ligados a commodities em manhã de alívio no rendimento dos Treasuries em meio apetite moderado por ativos de risco nos mercados, alta de bolsas e de preços de produtos básicos, como metais e alguns agrícolas, após reação ruim na segunda-feira, 21, dos investidores ao corte de juros para um ano na China, que ficou abaixo do esperado.
Em dia de agenda externa modesta, a alta de produtos básicos induz uma realização de lucros nos mercados nesta terça-feira, 22, o que beneficia uma recuperação das divisas emergentes e ligadas a commodities, como o real, disse um operador. Na segunda-feira, o dólar à vista subiu a R$ 4,9787 (+0,22%), ampliando a valorização mensal para 5,27%.
O mercado aguarda pela votação do arcabouço fiscal na Câmara entre hoje e amanhã. A reunião desta segunda entre a Câmara e o Ministério da Fazenda sobre o arcabouço fiscal terminou sem acordo sobre a permissão, incluída no texto pelo Senado, para o governo prever despesas condicionadas no Orçamento de 2024. "A Fazenda e o Planejamento insistem na despesa condicionada, argumentando que dará mais tranquilidade e previsibilidade", disse o relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA).
Os investidores monitoram ainda a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do Santander (BVMF:SANB11), que começou por volta das 9h30, bem como da ministra do Planejamento, Simone Tebet, em seminário da pasta sobre Avaliação e Melhoria do Gasto Público, e também a discussão pela Aneel de revisão dos valores das bandeiras tarifárias.
A arrecadação de julho (10h30) ficará também no radar em meio a preocupações com o impasse na votação da pauta fiscal no Congresso. A mediana esperada é de R$ 204,784 bilhões em julho, após R$ 180,475 bilhões em junho, segundo o Projeções Broadcast.
Já o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, estará em evento da Fiesp (10h) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala em painel do Fórum Empresarial do Brics (11h), na África do Sul.
Às 9h42 desta terça-feira, o dólar à vista caía 0,63%, a R$ 4,9473. O dólar para setembro cedia 0,75%, a R$ 4,9565.