🔺 O que fazer quando os mercados estão em níveis recordes? Ache ações baratas, como essas.Ver ações baratas

Dólar sobe 2,5% em setembro e alta em 2020 bate em 40%

Publicado 30.09.2020, 15:08
© Reuters.  Dólar sobe 2,5% em setembro e alta em 2020 bate em 40%
USD/TRY
-

O dólar fechou setembro com valorização de 2,5%, segundo mês seguido de alta. Com isso, no ano, a moeda americana já sobe 40% e o real segue com o pior desempenho no mercado internacional, na frente da lira turca, onde o dólar tem alta de 30%. Nos nove meses de 2020, a divisa dos Estados Unidos só caiu em dois - maio e julho. Profissionais das mesas de câmbio destacam que a deterioração fiscal do Brasil e os juros muito baixos estão entre os fatores que seguem deixando o câmbio pressionado. Na reta final de 2020, as eleições americanas devem manter o dólar em alta no mercado internacional.

Nesta quarta-feira, final de mês e trimestre, o dólar teve um dia volátil, em meio aos ajustes das carteiras de final do período. Também pesou a disputa pela definição do referencial Ptax, usado em contratos cambiais e balanços corporativos. No encerramento, o dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, a R$ 5,6185, após três dias seguidos de valorização. No mercado futuro, o dólar para novembro, que hoje passou a ser o contrato mais negociado, caiu 0,42%, em R$ R$ 5,6145.

Nas mesas de câmbio, profissionais destacam que sem detalhes concretos do financiamento do novo programa social do governo, o Renda Cidadã, o câmbio vai seguir pressionado e acima dos R$ 5,60. Na tarde de hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o financiamento via precatórios não será feito e que essa não é uma fonte de financiamento "saudável, limpa, permanente e previsível". O ministro, porém, não deu maiores detalhes.

O analista de moedas do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Luis Hurtado, destaca que a expectativa dos investidores é saber como será o financiamento dos programas sociais em 2021, em meio às preocupações com o aumento dos gastos para o ano que vem e o desvio em relação ao teto. Para o quarto trimestre, Hurtado observa que as incertas eleições americanas e o risco de uma segunda onda de coronavírus nos países desenvolvidos devem manter os investidores mais avessos ao risco, o que não deve favorecer as moedas de emergentes. A tendência é de valorização da moeda americana na América Latina nesta reta final de 2020, ressalta ele.

"A tendência continua de depreciação para o real", destaca o estrategista de moedas do banco de investimento Brown Brothers Harriman (BBH), Ilan Solot, ressaltando que o movimento não deve ser linear. Com notícias positivas sobre o ajuste fiscal, o real pode ganhar força.

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings espera que o dólar continue na casa dos R$ 5,00 ao menos até 2023. Hoje, os analistas da S&P melhoraram a previsão de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de queda de 7% para retração de 5,8%. Mas alertam que com o cenário fiscal "desafiador", o País vai precisar "retirar rapidamente" os estímulos extraordinários adotados até agora.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.