Investing.com - O dólar comercial chegou ao final do dia com valorização de 0,81%, negociado a R$ 3,3372. O resultado é uma reação do mercado à decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) de votar a reforma da Previdência somente em fevereiro. Como reflexo, as agências de classificação de risco Fitch e Moody’s alertaram para o risco do rebaixamento do rating brasileiro.
Maia confirmou o que já era esperado: que o tema só será votado em fevereiro do ano que vem. A previsão do deputado é que o assunto vá para o plenário no dia 19, após o carnaval. Ele destacou que há alguns dias já tinha informado que só marcaria a votação quando tivesse votos. Ele garantiu que o governo conseguirá os 308 votos necessários que o trabalho será intenso até fevereiro.
Ontem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chegou a adiantar a decisão, destacando que o acordo já havia sido costurado com a participação do governo.
Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a reforma da Previdência, precisa de 308 votos dos 512 possíveis. Para Maia, o objetivo é conquistas de 320 a 330 votos.
O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a 7 bilhões de dólares do total de 9,638 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.
"Se a alta do dólar ganhar corpo e ir a 3,35 reais, acredito que o BC pode tomar providências para controlar a volatilidade. Se ele não atuar, vejo espaço para a moeda norte-americana subir ainda mais", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Com Reuters