BHIA3: Por que as ações da Casas Bahia estão disparando 25% na B3 hoje?
Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta ante o real nesta segunda-feira, em um movimento que se seguiu à forte perda da moeda norte-americana no mês anterior, em sessão com poucos catalisadores devido a um feriado nos Estados Unidos e a uma agenda esvaziada no Brasil.
O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$5,4391.
Às 17h21, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, a R$5,478 na venda.
Os movimentos do real neste pregão tiveram como pano de fundo a baixa volatilidade do dólar nos mercados globais devido ao fechamento do mercado norte-americano por conta do feriado do Dia do Trabalho, o que limitou a influência externa sobre a moeda brasileira e conteve a liquidez local.
O noticiário local tampouco trouxe novidades que justificassem apostas acentuadas para qualquer direção, mas o fato de a moeda dos EUA ter acumulado uma queda de 3,18% frente à divisa brasileira em agosto abriu espaço para ajustes de algumas posições na primeira sessão de setembro.
"O dólar até ensaiou uma queda no início do pregão, mas com a liquidez comprometida acabou valendo mais o movimento de compra local, instigada pelo dólar ter novamente encostado no piso de R$5,40 depois de mais de 3% de queda no mês passado", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$5,4493 (+0,50%), às 12h05. Na mínima, a moeda alcançou R$5,4158 (-0,12%), ainda na primeira hora de negociação.
A divisa de reserva global variou em faixa estreita durante toda a sessão, oscilando apenas 3 centavos de real entre a maior e a menor cotação do dia.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,17%, a 97,667.
O resto da semana, por outro lado, será de agenda movimentada. O destaque doméstico ocorrerá já na terça-feira, quando serão divulgados dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre.
Nos EUA, as atenções dos agentes estarão voltadas para sexta-feira, quando o governo norte-americano publicará o relatório de emprego do mês de agosto, com o foco em possíveis sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Qualquer novidade sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA também pode impactar o mercado doméstico, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tenta abrir canais de diálogo para negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.
A semana também marca o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado, o que tem sido um ponto de tensão nas relações entre Brasil e EUA.