WASHINGTON (Reuters) - O principal diplomata dos Estados Unidos para o Oriente Médio comunicou a colegas que decidiu se aposentar, disseram nesta terça-feira três autoridades norte-americanas, no mais recente diplomata sênior norte-americano a deixar o governo de Donald Trump.
Stuart Jones, secretário de Estado assistente em exercício para Assuntos do Oriente Próximo, possui extensa experiência no Oriente Médio após servir como embaixador norte-americano no Iraque e Jordânia e ter sido vice-chefe da missão no Cairo.
Jones, de 57 aos, disse a colegas que a decisão é própria e que não foi forçado ou solicitado a sair do Departamento de Estado.
“Esta é uma decisão própria... Não houve uma queda”, disse uma autoridade norte-americana que pediu anonimato. “Não há história aqui, exceto que outra autoridade sênior com real competência está saindo do governo.”
Um porta-voz do Departamento de Estado confirmou a aposentadoria planejada de Jones, dizendo que ele está saindo por razões pessoais para buscar uma nova carreira.
O caso de Jones é diferente dos casos de duas autoridades de carreira do serviço diplomático – os ex-subsecretários de Estado Patrick Kennedy, principal autoridade administrativa do departamento, e Thomas Countryman, principal autoridade de controle de armas do departamento – que alcançaram cargos de nomeação política e foram solicitados a sair em janeiro.
A decisão de aceitar as demissões estava inteiramente dentro das prerrogativas do presidente Donald Trump e normalmente há trocas em tais cargos nomeados politicamente. Mas foi uma saída abrupta para ambos.
A ex-conselheira do Departamento de Estado Kristy Kenney também saiu em fevereiro, reduzindo ainda mais os altos escalões do órgão.
Jones foi elevado a secretário assistente em exercício responsável pelo Oriente Próximo e não recebeu oferta de trabalho em bases permanentes e tampouco foi informado que não receberia uma proposta, disse a autoridade norte-americana, que pediu anonimato.
A autoridade disse que Jones não foi solicitado a sair e queria expor seus planos, para que não houvesse especulações de que teria sido forçado a sair.
Diplomatas de carreira com grande experiência regional são tipicamente escolhidos para comandar o escritório do Departamento de Estado para Assuntos do Oriente Próximo. Autoridades que se encaixam neste perfil incluem Robert “Steve” Beercroft, embaixador norte-americano para o Egito; David Hale, embaixador norte-americano para o Paquistão; e Douglas Silliman, embaixador norte-americano para o Iraque.
(Reportagem de Arshad Mohammed; Reportagem adicional de Yeganeh Torbati)
((Tradução Redação São Paulo, +5511 56447719))
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