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Economia americana sofre contração de 1% entre abril e junho

Publicado 27.08.2009, 16:22

Washington, 27 ago (EFE).- A atividade econômica dos Estados Unidos sofreu contração de 1% no segundo trimestre do ano, de acordo com números provisórios divulgados hoje que coincidem com os primeiros cálculos feitos há algumas semanas.

O Departamento de Comércio americano deve divulgar no dia 30 de setembro os números definitivos do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, no que será o terceiro e último cálculo deste indicador.

Embora constatem que os EUA seguem em recessão, os números divulgados hoje são muito menores do que os do primeiro trimestre, quando a maior economia do mundo caiu 6,4%.

A maioria dos analistas esperava que o ajuste de números do Governo mostraria uma taxa de contração de 1,5% entre abril e junho.

Portanto, os números publicados oferecem um panorama mais propício para o segundo trimestre apesar da queda registrada no consumo, que representa 70% do PIB americano.

Entre abril e junho, o consumo caiu 1%, após um aumento de 0,6% no trimestre anterior. A cautela dos consumidores tirou 0,7 ponto percentual do PIB.

Alguns analistas acham que não houve uma queda maior devido ao ambicioso programa iniciado o Governo para incentivar a compra de veículos novos, que dava a cada comprador US$ 8 mil em incentivos fiscais.

O relatório do Governo americano mostra que o PIB se contraiu por quarto mês consecutivo pela primeira vez desde a Grande Depressão dos anos 1930. Comparado com um ano antes, o PIB real dos EUA caiu 3,9%.

A melhora econômica frente ao mês anterior foi possível graças ao bom comportamento do comércio exterior, às liquidações de estoques das empresas, ao forte aumento do gasto público e ao encarecimento dos preços, que subiram 0,5% no trimestre.

Os lucros empresariais cresceram a uma taxa trimestral de 5,7%, o que representa o aumento trimestral mais rápido em quatro anos. Um trimestre antes, os lucros foram de 5,3%.

O comércio exterior foi o responsável pelo que houve de positivo no segundo trimestre do ano. O déficit comercial - a diferença entre exportações e importações - caiu em US$ 331,8 bilhões. Isso somou 1,6 ponto percentual ao crescimento do PIB.

Uma das incógnitas sobre a economia americana é a evolução do mercado de trabalho, que ainda não se recuperou de vez apesar de leves melhoras.

O Departamento de Trabalho dos EUA informou que houve dez mil pedidos de seguro-desemprego a menos na semana passada. Apesar de ter sido a terceira semana consecutiva de queda nesse dado, isso não convenceu os analistas.

Alguns especialistas, incluindo funcionários do alto escalão do Federal Reserve (Fed, banco central americano), consideram como provável que o país esteja imerso em uma recuperação "sem emprego", enquanto as empresas demoram para fazer contratações à espera de que a expansão econômica ganhe força. EFE

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