Pequim, 25 jul (EFE).- A economia chinesa crescerá mais de 9% no
segundo semestre de 2010, segundo um relatório sobre as perspectivas
econômicas do país publicado pelo Banco de Comunicações da China.
Os dados do relatório, segundo informações da agência oficial de
notícias "Xinhua", mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) da
China, terceira economia mundial, terá um lento crescimento durante
o segundo semestre e que os preços dos bens de consumo cairão.
O PIB chinês cresceu 11,1% na primeira metade deste ano, uma
ligeira e esperada queda após registrar no primeiro trimestre um
aumento de 11,9%, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas no
último dia 15.
O economista Lian Ping, do Banco de Comunicações da China, a
quinta maior entidade comercial nacional, assegurou que o
crescimento econômico chinês será "sustentável" e "saudável", desde
que a taxa de crescimento se mantenha em torno de 9%, um valor que,
segundo o relatório, será superado ao fim dos próximos seis meses.
"A China não sofrerá uma recessão, a menos que o crescimento
econômico caia para menos de 7%", ressaltou.
As exportações, um dos pilares do crescimento econômico chinês,
crescerão no segundo semestre, enquanto o consumo aumentará 18,5% em
relação ao ano anterior, acrescenta o estudo.
Lian Ping destacou que o crescimento do investimento se reduzirá
de forma progressiva até chegar aos 21%, devido à ajuda estatal ao
setor privado e às indústrias estratégicas emergentes.
No ano passado, a China cresceu 9,1%. Para 2010, o Governo chinês
prevê um aumento de 8% do PIB, uma estimativa considerada prudente
demais, já que os organismos internacionais calculam que será maior
(o Banco Mundial prevê 9,5% e o Fundo Monetário Internacional estima
10%). EFE