Por Jorge A. Bañales.
Washington, 29 mar (EFE).- A economia dos Estados Unidos cresceu 1,7% no ano passado, e no quarto trimestre a alta do PIB foi de 3%, segundo os números divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio do país.
No segundo trimestre de 2011, o ritmo anual de crescimento foi de 1,3%, e no primeiro, de 0,4%. Em todo o ano de 2010, a maior economia do mundo teve um crescimento de 3%, mas isso em comparação com uma economia que tinha sofrido redução de 3,5% em 2009, na etapa final da recessão mais profunda e prolongada em quase oito décadas.
Outro relatório oficial, este do Departamento de Trabalho, mostrou que na semana passada caiu em 5 mil o número de pessoas que solicitaram o seguro-desemprego, e os pedidos ficaram em 359 mil, o nível mais baixo em quase quatro anos.
A média de solicitações em quatro semanas, que é um indicador mais confiável sobre as tendências, diminuiu em 3,5 mil e ficou em 365 mil, também o nível mais baixo no mesmo período.
A maioria dos analistas esperava que a revisão e o ajuste de números do Departamento de Comércio indicasse uma taxa anualizada de crescimento do PIB de 3,2%.
Embora os dados do governo tenham reduzido os números das exportações, isso foi compensado por um investimento maior das empresas em informática.
A despesa dos consumidores, que nos EUA equivale a quase 70% da atividade econômica, cresceu 2,1% no quarto trimestre, mesmo número que havia sido previsto nos dois relatórios preliminares.
O relatório de hoje também confirmou, sem alterações, um núcleo da inflação de 1,3% no índice de preços em despesas de consumo pessoal, uma medida da inflação na qual o Federal Reserve concentra muita atenção.
No quarto trimestre do ano passado, os lucros das empresas antes do pagamento de impostos desceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, quando tinham subido 1,2%.
O relatório mostra que a despesa das empresas em equipamentos novos e em informática cresceu mais que o indicado nos números preliminares, mas os números para março sugerem que estas despesas estão se desacelerando depois do término de um crédito tributário oferecido pelo governo.
A melhora do mercado de trabalho pode ser uma das razões pelas quais os consumidores mostram uma maior confiança nas compras.
Durante fevereiro, a economia americana teve um acréscimo de 227 mil postos de trabalho, completando os seis melhores meses de crescimento do número de vagas desde 2006, e a taxa de desemprego se manteve em 8,3%, a mais baixa em três anos.
Os dados se somam à percepção de que a economia dos EUA, que saiu de uma recessão de 18 meses em junho de 2009, mantém sua recuperação em um ritmo lento, mas sustentado, o que valida a política monetária do Federal Reserve, que manteve a taxa básica de juros abaixo de 0,25% desde dezembro de 2008.
O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reiterou nesta semana que o banco central americano precisa manter a taxa de juros em níveis historicamente baixos para sustentar a recuperação e conseguir progressos adicionais. EFE