Economia dos EUA cresce 2,9% em 2010, a maior alta em 5 anos

Publicado 28.01.2011, 15:55

Washington, 28 jan (EFE).- A economia dos Estados Unidos acelerou no último trimestre de 2010, graças ao maior consumo e ao aumento das exportações, e fechou o ano com um crescimento de 2,9%, o maior em cinco anos, informou nesta sexta-feira o Governo.

Entre outubro e dezembro, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anualizada de 3,2%, três décimos a menos do que esperavam os analistas, mas acima dos 2,6% do trimestre anterior.

Desta maneira, a maior economia do mundo, que em 2009 teve uma contração de 2,6%, fechou 2010 com um crescimento de 2,9%.

O cálculo desta sexta-feira é o primeiro de três que o Departamento de Comércio efetua.

Além disso, este relatório significa que a economia dos Estados Unidos passou da fase de recuperação - após a recessão mais profunda e prolongada em quase oito décadas - para a fase de expansão no ciclo econômico.

Nesta sexta-feira o chefe do conselho de assessores econômicos da Presidência, Austan Goolsbee, afirmou que alguns dados dos últimos meses foram "encorajadores", e se mostrou confiante de que o corte de impostos determinado pelo presidente americano, Barack Obama, em dezembro passado terá um impacto no crescimento econômico.

Segundo ele, as exportações cresceram no último trimestre 8,5%, e 3,4% do crescimento econômico de 2010 se deveu às vendas ao exterior, a maior contribuição para o PIB desde 1980.

O componente mais importante, a despesa dos consumidores, que nos EUA representa mais de dois terços da economia, cresceu nos últimos três meses de 2010 a uma taxa anualizada de 4,4%, a mais alta desde o primeiro trimestre de 2006.

Nos últimos três meses do ano passado, as vendas finais, que incluem todas as categorias exceto estoques, cresceram a um ritmo anual de 7,1%, o mais alto desde 1984, revelam os números do Governo.

Medido em dólares, o volume de todos os bens e serviços produzidos entre outubro e dezembro chegou a 13,38 trilhões e ultrapassou, pela primeira vez, a cota atingida no último trimestre de 2007, antes de o país entrar em recessão.

No relatório predominam dados positivos. No entanto, ele também revela que um ano e meio depois do fim da recessão, os EUA têm uma taxa de desemprego de 9,4%.

Ao mesmo tempo o relatório indica que a inflação, medida pelo índice de preços no PIB, foi de 0,3% no quarto trimestre, após uma inflação de 2,1% entre julho e setembro.

Outra medida da inflação, na qual o Federal Reserve (Fed, banco central americano) presta atenção, é o índice de preços em despesas de consumo. O relatório revela que, excluídos os preços de alimentos e energia, o núcleo da inflação neste indicador foi de 0,4% no quarto trimestre.

No trimestre anterior, o núcleo da inflação tinha sido de 0,5%.

O índice de preços em despesas de consumo subiu 1,8% entre outubro e dezembro, empurrado pelos aumentos de custos das matérias-primas, após um aumento de 0,8% no trimestre anterior.

Estes dados ressaltam a política ratificada esta semana pelo Fed, que manteve a taxa básica de juros abaixo de 0,25% e seguiu adiante com a aquisição de US$ 600 bilhões em bônus do Tesouro para incentivar a economia. EFE

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