Madri, 29 mai (EFE).- A economia espanhola continuará em recessão no segundo trimestre do ano, segundo prevê o Banco Central da Espanha em seu último boletim, publicado nesta terça-feira.
No entanto, a entidade assinala que a confiança das famílias registrou uma leve melhora em abril, com o que interrompe a forte deterioração dos três primeiros meses do ano.
A esta melhora se uniu a observada no indicador de confiança dos comerciantes no varejo.
Por outro lado, as matrículas de veículos particulares voltaram a registrar em abril um forte retrocesso anualizado.
Além disso, o Banco da Espanha indica que a queda do investimento em construção ganhou mais intensidade nos últimos meses.
Este setor, durante muitos anos o motor da economia espanhola, registrou uma forte queda a partir de 2007 que causou uma grande destruição de emprego e grandes problemas para os bancos com ativos ligados ao setor.
O organismo supervisor espanhol destaca que a duração do desemprego mostra um aumento generalizado em todas as idades e que, no início de 2012, o número de parados de longa duração se situou acima dos 2,8 milhões de pessoas.
O descenso da ocupação foi generalizado e intensificou o ritmo de queda em todos os ramos de atividade, exceto na indústria.
A incerteza política na Grécia e a preocupação pelo setor bancário espanhol elevaram o prêmio de risco - o sobrecusto que tem que pagar a Espanha para financiar-se em relação à Alemanha - ao nível mais alto desde a criação do euro e, em consequência, se prolonga a queda do crédito.
O prêmio de risco espanhol segue hoje em números recorde após tocar na abertura da sessão os 511 pontos básicos, o recorde histórico alcançado na véspera. EFE