Rio de Janeiro, 17 mai (EFE).- A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e os analistas do setor bancário elevaram hoje suas
previsões de crescimento da economia do país para este ano, que,
segundo eles, deve se expandir ao menos 6%.
A CNI elevou suas previsões em meio ponto, até uma alta de 6% do
Produto Interno Bruto (PIB), um salto apoiado principalmente na
melhoria da indústria.
Os cálculos do mercado bancário são ainda mais otimistas e
prevêem uma melhoria da economia de 6,3%, segundo o boletim semanal
do Banco Central, também divulgado hoje.
A CNI previu que a produção industrial dispare 12% e os
investimentos se expandam 18%, quatro pontos acima de seus últimos
cálculos, divulgados em dezembro.
Com relação à inflação, a CNI previu uma alta de 5,4% e os bancos
uma alta de 5,54%, em ambos casos, cerca de um ponto acima da meta
do Governo (4,5%).
Os dois estudos concordam que o Banco Central deve optar por
prosseguir com sua política de subir as taxas de juros para conter a
inflação.
Segundo os analistas do mercado, os juros fecharão o ano em
11,75%, enquanto para os empresários, a restrição da política
monetária se situará nos 11%, um ponto e meio acima da taxa atual.
A alta dos juros "deverá reduzir o ritmo de investimentos e de
crescimento da economia brasileira durante o ano", alertou o
relatório da CNI.
Os empresário reduziram suas perspectivas com relação às contas
externas e consideraram que o superávit comercial vai alcançar
apenas US$ 10 bilhões, número que supõe uma contração de 60% com
relação ao saldo do ano passado.
O motivo será a forte expansão das importações, devido à força do
real e o vigor do consumo interno, enquanto as exportações se
manterão estáveis. EFE