Washington, 23 jul (EFE).- O Governo dos Estados Unidos criticou
hoje que 17 grandes bancos que receberam ajuda pública bilionária
para sair da crise econômica concederam "imprudentes" bonificações a
seus altos executivos, que somaram US$ 1,6 bilhão entre o final de
2008 e início de 2009.
"Há 17 empresas que fizeram durante esse período de cinco meses
(...) pagamentos imprudentes", explicou hoje em entrevista coletiva
Kenneth Feinberg, responsável pelos pagamentos do resgate
orquestrado pelo Governo, que iniciará a partir de agora a
indenização aos afetados pelo vazamento de petróleo no Golfo do
México.
Feinberg ressaltou que os citados pagamentos não são ilegais, nem
violaram nenhum estatuto ou regra, mas sim refletem mal o critério.
Ele pediu que os bancos adotem práticas voluntárias para que
pagamentos desse tipo não voltem a acontecer em momentos de crise.
O conhecido como 'czar da indenização' divulgou hoje os
resultados de uma investigação sobre as práticas de 419 bancos que
receberam dinheiro do Governo americano durante a recente crise
financeira.
A investigação abrange o período prévio à entrada em vigor de
restrições sobre o pagamento de bônus em fevereiro de 2009.
O relatório conclui que os citados bancos concederam bônus a seus
executivos no valor de US$ 1,7 bilhão entre o final de 2008 e
fevereiro de 2009.
Desse total, US$ 1,6 bilhão foram concedidos por 17 grandes
bancos do país, entre eles Citigroup, Bank of America e Goldman
Sachs.
Feinberg indicou, no entanto, que os pagamentos não são ilegais,
porque as restrições às bonificações não entraram em vigor até
fevereiro do ano 2009. EFE