Washington, 17 abr (EFE).- O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos reiterou nesta terça-feira que não tem a intenção de ampliar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e lembrou a necessidade de a Eurozona continuar consolidando suas defesas para evitar agravar a recessão com excessiva austeridade.
A subsecretária de Assuntos Internacionais do Tesouro, Lael Brainard, disse em entrevista coletiva anterior ao início dos Encontros de Primavera que a volatilidade nos mercados para leiloar a dívida de países como a Espanha "é uma lembrança instrutiva de que os ajustes em andamento na Europa requerem esforços sustentados".
Além disso, a funcionária do Tesouro pediu à Eurozona que mantenha "um cuidadoso equilíbrio para evitar uma espiral negativa de austeridade e recessão".
Brainard pediu às autoridades da União Europeia que de maneira adicional a um aumento dos fundos de resgate seja feito um trabalho para consolidar uma maior integração fiscal e um trabalho conjunto para apoiar os países enquanto implementam suas reformas.
O Tesouro disse que os Estados Unidos não têm planos de elevar suas contribuições ao FMI, apesar de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, pedir que o debate se abra esta semana durante os Encontros de Primavera do Fundo e do Banco Mundial.
A União Europeia, o Japão e países escandinavos comprometeram nos últimos dias um montante que ronda os US$ 286 bilhões em fundos adicionais para o FMI, que quer aumentar seus recursos como "círculo de proteção internacional" perante uma extensão da crise.
Os Estados Unidos tinham exigido anteriormente de Bruxelas que ampliasse os fundos para dotar de mais dinheiro a barreira europeia contra a crise, que evite contágios desde a zona do euro. Por isso, Brainard lembrou que o papel do FMI deve ser suplementar.
Segundo fontes ligadas ao FMI, a instituição multilateral espera que o aumento das contribuições de capital de seus parceiros ronde os US$ 400 bilhões adicionais. EFE