EUA ressaltam avanços de Colômbia, Guiné e Indonésia em direitos humanos

Publicado 08.04.2011, 13:21
Atualizado 08.04.2011, 14:24

Washington, 8 abr (EFE).- O ultimo relatório dos Estados Unidos sobre os direitos humanos no mundo ressalta os avanços de Colômbia, Guiné e Indonésia, assim como a força dos movimentos sociais que estão em andamento em alguns países árabes.

O relatório do Departamento de Estado, que agora será enviado ao Congresso, avalia as "notáveis melhoras" registradas na Colômbia sob o Governo de Juan Manuel Santos, assim como a instauração do primeiro presidente eleito democraticamente na Guiné desde a independência da França em 1958.

Outro país que recebeu a aprovação dos EUA em matéria de direitos humanos foi a Indonésia, que, segundo o relatório, vem seguindo os princípios do Estado de Direito, da liberdade de imprensa e do crescimento da sociedade civil.

Embora o relatório esteja centrado nos acontecimentos de 2010, em sua introdução fala sobre os movimentos sociais que começaram no início deste ano em Tunísia e Egito.

"Neste momento não podemos prever qual será o resultado destas mudanças, nem saberemos os efeitos duráveis nos próximos anos", reconhece o Departamento de Estado no relatório.

No entanto, avalia as mudanças em Tunísia e Egito, onde o povo reivindica "uma maior participação política e oportunidades econômicas".

"Estas reivindicações são profundas e estão sendo lideradas por novos ativistas, muitos deles jovens".

No relatório, o Governo americano reconhece que as mudanças nestes países não virão da noite para o dia, dado que "a transição para a democracia não é automática e requer tempo e muita atenção".

No entanto, reconhece que há uma tendência generalizada de melhora no mundo, que não se restringe aos países árabes, e que está marcada por dois fatores: a proliferação do uso da internet e das redes sociais, além do surgimento de ONGs centradas na defesa da democracia e dos direitos humanos.

O relatório, no entanto, denuncia a ação de alguns Governos para limitar o acesso à internet como uma repressão das liberdades de comunicação e de expressão.

Segundo os EUA, são mais de 40 países os que estão utilizando algum tipo de restrição ou barreira técnica para controlar o acesso à internet, reprimir a liberdade de expressão e violar a privacidade dos internautas, como Arábia Saudita, Sudão, China e Vietnã.

Outra tendência negativa é a "contínua escalada da violência, da perseguição e da discriminação social e oficial de alguns grupos vulneráveis, de ordem racial, religiosa ou étnica", e que também se estende em alguns países a mulheres, crianças, pessoas com deficiência, indígenas e homossexuais.

Alguns dos casos que mais chamam a atenção são a opressão da liberdade religiosa no Paquistão, as políticas discriminatórias na Arábia Saudita, o movimento antissemita que percorre alguns países árabes, entre outros.

Os EUA também revelam preocupação com a exploração de trabalhadores em alguns lugares do mundo, como Uzbequistão e Bangladesh. EFE

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