Eurocâmara debate plano de resposta europeia à imigração tunisiana

Publicado 15.02.2011, 08:45

Estrasburgo (França), 15 fev (EFE).- O plenário do Parlamento Europeu debaterá nesta tarde a resposta da União Europeia à onda de milhares de imigrantes procedentes do norte da África, principalmente da Tunísia, que chegou na última semana à ilha italiana de Lampedusa.

A comissária de Interior europeia, Cecilia Malmstrom, fará uma declaração sobre o estado da situação, depois de nos últimos dias, devido às boas condições do mar no canal da Sicília, ao redor de 5,5 mil imigrantes tenham chegado ao litoral sul da Itália.

O debate no Parlamento, que começará às 15h30 (de Brasília), ocorre depois que a tensão política em alguns países do norte da África, e especialmente na Tunísia, tenha provocado a chegada em massa de imigrantes que aproveitam as revoltas em seus países para tentar o êxodo.

Na véspera, as autoridades italianas pediram através de seu ministro do Interior, Roberto Maroni, a "convocação urgente" do Conselho Europeu da UE e declararam o estado de "emergência humanitária" na região.

O pedido à UE chegou no dia marcado pela polêmica entre Roma e Bruxelas, depois que o titular de Interior da Itália negasse ter rejeitado um oferecimento de ajuda da Comissão Europeia para enfrentar a onda de imigrantes, como sustentava a comissária Malmstrom.

Maroni quis desmanchar a polêmica em entrevista coletiva oferecida na véspera em Roma, na qual garantiu que "houve um erro de comunicação".

O titular de Interior explicou que a Itália preparou um pedido no qual solicita à Comissão Europeia que destine 100 milhões de euros para enfrentar a emergência e um novo papel operacional do Frontex, a agência europeia de controle de fronteiras, para que disponha de meios próprios para controlar os limites de fronteira.

Pediu a solicitação de definição de um sistema único de asilo em nível europeu antes de 2012 e que desenhem programas regionais de assistência com a colaboração do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Itália advertiu que entre os imigrantes chegados ao país foram identificados alguns presos comuns que escaparam da prisão na Tunísia durante as revoltas de janeiro.

Segundo Maroni, poderia estar aproveitando a chegada em massa de imigrantes por parte de organizações terroristas como Al Qaeda para introduzir membros na Europa.

Enquanto isso, na Tunísia as tropas do Exército tentam frear as saídas após um chamado da Itália, dado que o país africano considerou que o envio de agentes italianos era "inaceitável".

A crise coincidiu com a visita que a alta representante comunitária, Catherine Ashton, realizou na véspera a Tunísia. EFE

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