Viena, 18 jul (EFE).- Apesar dos avanços obtidos, falta ainda um
longo caminho para se conseguir uma vacina contra a aids, manifestou
a Prêmio Nobel de Medicina francesa Françoise Barre-Sinoussi, uma
das descobridoras do vírus HIV.
Na abertura hoje da 18ª Conferência sobre a Aids em Viena,
Barre-Sinoussi disse à "Agência APA" que a pesquisa sobre uma vacina
profilática não foi um fracasso total, pois é uma forma de acumular
informações.
Ela advertiu que, entre outras incógnitas, "nem sequer se sabe
qual resposta imunológica causaria uma vacina para prevenir o
contágio".
Barre-Sinoussi rejeitou o conceito de "cura" em relação a este
vírus. Segundo ela, já é possível um soropositivo viver com a
infecção sem ter de ser constantemente medicado.
Até o dia 23 de julho, cerca de 25 mil pessoas - entre
cientistas, ativistas, voluntários e médicos - participarão do
encontro em Viena para discutir formas de tratamento e prevenção da
aids, uma doença que afeta hoje 33 milhões de pessoas no mundo. EFE