Miami, 10 mai (EFE).- As autoridades do estado da Flórida criaram
hoje um conselho de assessoria legal para analisar o impacto que o
vazamento de petróleo no Golfo do México e as futuras ações
judiciais que podem ser empreendidas.
"Muitas das comunidades da Flórida, negócios e todo o setor
industrial poderia ser afetado por este desastre. Somos prudentes em
reunir as melhores mentes legais de nosso estado para começar a nos
preparar para futuras ações legais que poderíamos necessitar",
explicou hoje o governador da Flórida, Charlie Crist, em comunicado.
A equipe legal, integrada pelos dois ex-promotores gerais do
estado Bob Butterworth e Jim Smith, avaliará os impactos no estado
de um "potencial desastre" pela explosão da plataforma "Deepwater
Horizon" no dia 20 de abril.
O conselho trabalhará com outras agências estaduais para preparar
qualquer futura ação legal, regulação ou fazer cumprir uma lei no
momento que seja necessário.
Além disso, se concentrará em reunir informação e desenhar
estratégias relacionadas à proteção dos direitos dos empresários e
consumidores; ações que o estado pode iniciar neste momento; coleta
de dados e preservação e em breve cumprimento da solicitação de
informação a British Petroleum (BP), Transocean, Halliburton e
outras empresas.
"Os floridanos precisam de nossa ajuda agora e nunca é demais
aproveitar as melhores fontes legais disponíveis. Ao dar este passo,
estaremos na melhor posição quando for preciso empreender alguma
ação legal ou qualquer outra resolução em nome da Flórida e de seus
cidadãos", disse o procurador-geral da Flórida, Bill McCollum.
Até o momento, a Flórida não sofreu consequências diretas do
vazamento de petróleo, mas Crist declarou estado de emergência em 19
condados do estado no litoral do Golfo do México.
A BP retomou hoje a injeção de químicos para dissolver o óleo à
medida que ele flui nas águas do Golfo do México, a 1,6 mil metros
de profundidade, em uma nova tentativa para conter o dano do
derrame.
O petróleo cobre parte do litoral da Louisiana e a Guarda
Litorânea dos Estados Unidos confirmou que foram encontradas bolas
de alcatrão no Alabama. EFE