Washington, 18 set (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI)
aprovou hoje a venda de 403,3 toneladas de ouro avaliadas em US$ 13
bilhões com as quais pretende financiar suas atividades e aumentar
sua capacidade de realizar empréstimos aos países mais pobres.
"Estas vendas serão realizadas de forma responsável e
transparente para evitar alterações nos mercados de ouro", afirmou
em comunicado o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
O plano aprovado hoje pelo conselho executivo do FMI contempla a
possibilidade de vender as 403,3 toneladas diretamente aos bancos
centrais ou para outros ramos oficiais.
A essas opções se soma a de vender o metal de forma gradual nos
mercados, para o que o organismo multilateral seguiria a estratégia
adotada com sucesso pelas instituições que participam do Acordo do
Ouro dos Bancos Centrais.
O organismo informou em seu comunicado que os participantes do
acordo renovado recentemente anunciaram vendas anuais máxima de 400
toneladas de ouro e um total de dois mil nos cinco anos a partir de
27 de setembro deste ano.
O citado acordo estipula que as vendas de ouro do FMI poderiam
encaixar dentro desses limites estabelecidos.
Strauss-Kahn disse que as vendas de 403,3 toneladas representam
uma oitava parte do total de ouro que ainda tem o organismo, "o que
implica que o FMI continuará tendo uma quantidade relativamente
grande de seus ativos em ouro".
O FMI assinalou que a venda do metal precioso inscreve-se em um
novo modelo, com o qual o organismo procura diversificar suas fontes
de receita para realizar uma ampla gama de funções.
Um dos componentes centrais é a criação de uma fundação na qual
serão depositados os lucros das vendas de ouro.
Os recursos também serão utilizados, explicou o FMI, para
aumentar sua capacidade para subsidiar os empréstimos que outorga
aos países pobres e que têm juros zero. EFE