SÃO FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - As ações da Apple ampliaram perdas recentes nesta segunda-feira, após um alerta de que as vendas de iPhone podem ser prejudicadas se o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprir com as ameaças de campanha de impor novas tarifas à China.
A Apple está entre as várias importantes ações de tecnologia, incluindo Amazon.com, Facebook e Alphabet que sofreram vendas generalizadas desde a eleição do republicano na terça-feira passada. As baixas ocorreram com investidores transferindo recursos para empresas do setor financeiro e concessionárias de serviços públicos, que devem se beneficiar da desregulamentação e investimentos de infraestrutura sob o governo de Trump.
Em uma continuação dessa tendência, as ações da Apple recuaram 2,5 por cento nesta segunda-feira, levando as perdas desde a eleição de Trump para quase 5 por cento, ante o avanço de 1,16 por cento do S&P 500.
Somando-se às preocupações dos investidores da Apple, um artigo de opinião publicado no jornal Global Times, apoiado pelo governo chinês, no domingo, alertou para uma retaliação "olho por olho" se Trump seguir com a promessa de campanha de impor tarifas de 45 por cento em todas as importações da China.
"Um lote de encomendas à Boeing será substituído pela Airbus. As vendas de automóveis e iPhones na China sofrerão um revés e as importações de soja e milho dos EUA serão suspensas", disse o artigo.
As vendas da Apple na China podem ser afetadas por potenciais conflitos comerciais, assim como o enfraquecimento da moeda do país, disse o analista da Rosenblatt Securities, Jun Zhang. Ele disse que acredita que as vendas de iPhones caíram na China em outubro, mesmo após a solução de problemas de fornecimento que afetaram o iPhone 7 Plus.
(Por Noel Randewich)