Miami, 4 mai (EFE).- As autoridades do estado americano da
Flórida informaram hoje que as barreiras flutuantes colocadas no
litoral para conter a mancha de petróleo que avança pelo Golfo do
México já chegam a cerca de 26 quilômetros de comprimento.
"Há 26 quilômetros de barreira flutuante colocada na área de
Panhandle (extremo noroeste do estado) e se espera acrescentar hoje
mais 6 quilômetros e outros 18 depois", anunciou em comunicado o
Departamento de Proteção Ambiental da Flórida (DEP, na sigla em
inglês).
O DEP, a Comissão de Vida Silvestre e Pesca (FWC) da Flórida e
autoridades dos condados do litoral oeste do estado aproveitam a
lentidão no avanço da mancha negra para acelerar as ações para
salvar as praias locais e o habitat marinho.
As autoridades da Flórida disseram que não se espera até a
próxima quinta-feira um impacto da mancha negra no litoral noroeste
do estado.
O vazamento de óleo cru no Golfo do México começou quando uma
plataforma petrolífera da empresa British Petroleum (BP) explodiu no
dia 20 de abril, deixando aberto o poço de extração do minério.
Desde então, a acumulação de petróleo nas águas do Golfo formam uma
imensa mancha negra, que se alastra com a força dos ventos.
O governador da Flórida, Charlie Crist, estendeu o estado de
emergência aos condados litorâneos de Franklin, Wakulla, Jefferson,
Taylor, Dixie, Levy, Citrus, Hernando, Pasco, Pinellas,
Hillsborough, Manatee e Sarasota. A medida eleva para um total de 19
condados em estado de emergência.
Por sua vez, o DEP continua a análise no laboratório da qualidade
do ar e dos sedimento marítimos, enquanto a FWC e diferentes
agências federais avaliam o possível impacto que terá a mancha negra
de petróleo na fauna marinha e na pesca de peixes e mariscos ao
longo da costa do estado e no Golfo do México.
A prática da pesca foi restringida durante um mínimo de dez dias
na baía de Pensacola, na área de Panhandle. Já as praias e parques
naturais da Flórida continuam abertos ao público. EFE