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Eurogrupo apoia "ambicioso" programa de reformas da Espanha

Publicado 12.07.2010, 20:01
Atualizado 12.07.2010, 20:49

Bruxelas, 12 jul (EFE).- Os ministros das Finanças da zona do euro abordaram hoje os problemas de competitividade da economia espanhola e avaliaram positivamente o "ambicioso" programa de reformas adotado pelo Governo do país.

"Todos consideramos que as reformas vigentes na Espanha são muito exigentes e ambiciosas. Pensamos que as previstas e iniciadas pelo Governo estão no caminho certo. Por isso, estamos muito satisfeitos", assegurou o primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"A Espanha está conduzindo um programa de reformas substancioso que merece todo o respeito", acrescentou o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, que aproveitou para cumprimentar a Espanha pela vitória da seleção na Copa do Mundo da África do Sul.

O comissário confiou no fato de a economia espanhola mostrar "o mesmo trabalho de equipe competente e a mesma resistência da seleção" mediante "reformas para melhorar o crescimento da produtividade e as taxas de emprego. Por exemplo, através de reformas do mercado de trabalho".

A análise da competitividade da economia espanhola foi realizada hoje devido ao fato de a Espanha e Finlândia terem sido designadas a inaugurar o exercício adotado recentemente pelo Eurogrupo.

Este exercício consiste em examinar as divergências de competitividade entre os diferentes países da zona do euro, agravadas desde o nascimento da divisa europeia e consideradas como uma das causas da crise na região.

O exercício consistiu em um debate "franco, aberto e profundo" sobre a comparação das políticas de remuneração, as reformas e competitividade dos mercados de trabalho e a balança comercial dos dois "países, que estão em situações completamente diferentes", segundo Juncker.

Desde que entrou no euro, a economia espanhola perdeu 20% de competitividade, de acordo com a Comissão Europeia, enquanto a Finlândia seguiu o caminho inverso, ganhando 13%.

Por este motivo, no caso da Finlândia, os ministros das Finanças descartaram que tenha grandes problemas de competitividade, embora o comissário Rehn, de origem finlandês, tenha criticado a autocomplacência e assegurado que a Finlândia tem desafios "para a sustentabilidade das finanças públicas".

De fato, Rehn lembrou que amanhã pedirá aos ministros das Finanças da União Europeia (UE) que abram um procedimento por déficit excessivo ao país por violar as regras da disciplina orçamentária pela primeira vez desde que entrou na zona do euro.

Juncker, que evitou dar mais informações sobre as debilidades detectadas e os conselhos oferecidos aos dois países, anunciou que as seguintes economias que deverão se submeter a este exercício e identificar as divergências de competitividade serão Itália e Luxemburgo, em dezembro.

Antes disso, a vice-presidente segunda do Governo espanhol, Elena Salgado, que foi quem sugeriu que a Espanha inaugurasse o exercício quando os ministros acordaram seu início durante a explosão da crise de dívida na Grécia, tinha confiado em aprovar "com nota" o exame de competitividade desta tarde.

"Estamos aprovando tudo e com nota. E o exame de competitividade também", assegurou.

Elena lembrou esta manhã que os membros da zona do euro pediram reformas estruturais à Espanha nos últimos meses para enfrentar as "dificuldades" no "mercado de trabalho e o sistema de caixas econômicas", com o objetivo de evitar o contágio da crise grega, mas acrescentou que "tudo isso está em andamento". Por isso, confiou que o exame de hoje sairia "bem". EFE

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