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Obama pede medidas urgentes contra crise da dívida na UE

Publicado 06.10.2011, 16:47
Atualizado 06.10.2011, 17:51

Macarena Vidal.

Washington, 6 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira aos líderes europeus que "ajam rapidamente" para enfrentar a crise da dívida e apresentar um "plano claro e concreto" para a cúpula do Grupo dos 20 (G20, bloco das principais nações ricas e emergentes) no mês que vem, na França.

Em entrevista coletiva na Casa Branca nesta quinta-feira para falar sobre a economia e pedir ao Congresso que aprove seu plano de criação de emprego, Obama advertiu que a crise da dívida afeta de maneira "muito real" a economia americana e os mercados globais.

Essa crise, disse ele, é hoje o principal obstáculo para a recuperação da economia americana.

"O principal vento enfrentado pela economia americana atualmente é a incerteza sobre a Europa, porque está afetando os mercados globais", apontou o presidente, que indicou que os europeus "têm de agir rapidamente".

Ele ressaltou que os líderes europeus "reconhecem a emergência da situação", pois "ninguém vai ser mais afetado do que eles" por essas turbulências econômicas.

Tanto a chanceler alemã, Angela Merkel, quanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, "querem agir para impedir que a crise da dívida soberana fique fora de controle, ou o potencial desmantelamento do euro (...), mas sua política é complicada".

Obama lembrou que a tomada de decisões se vê complicada pela necessidade de que as medidas recebam o apoio dos 27 Parlamentos nacionais da União Europeia (UE), o que torna "muito difícil" "iniciar o tipo de medida coordenada" necessária.

A crise será um dos assuntos predominantes na cúpula do G20, que será realizada em Cannes (França) nos dias 3 e 4 de novembro.

"Minha grande esperança é que, quando ocorrer a cúpula do G20, haja um plano de ação muito claro, concreto, que seja suficiente para seu objetivo", indicou o presidente americano.

No início de sua entrevista coletiva, que se prolongou por 77 minutos, o presidente defendeu a necessidade de que o Capitólio aprove seu plano de criação de emprego. Para Obama, o plano permitirá que os Estados Unidos se protejam de maiores danos econômicos "caso a situação na Europa fique ainda pior".

Segundo ele, "não há dúvidas de que a economia está mais fraca agora que no começo do ano", entre outras razões devido à crise da dívida na Europa, além do aumento dos preços da energia provocado pela instabilidade nos países árabes e pelo terremoto e posterior tsunami que atingiram o Japão em março.

As palavras de Obama estavam em sintonia com o discurso desta quinta-feira do secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner. Em pronunciamento no Comitê de Bancos da Câmara dos Representantes, o secretário advertiu que a crise da dívida na Europa representa um "grave risco" para a recuperação econômica global e, por isso, pediu o reforço da segurança financeira nesses países.

"A Europa é tão grande e está tão integrada com os Estados Unidos e com as economias do mundo que uma crise grave lá poderia causar danos significativos ao crescimento aqui e no mundo todo", indicou Geithner.

Em sua entrevista coletiva desta quinta-feira, Obama destacou que a economia americana precisa de impulsos para poder recuperar o caminho de um crescimento robusto. Por isso, ele pediu que o Congresso submeta a votação e dê sinal verde ao plano de emprego o mais rápido possível.

"Se não tomarmos medidas, poderíamos acabar tendo problemas mais significativos que agora", declarou o líder.

Entre outras coisas, o plano de emprego de Obama, avaliado em cerca de US$ 447 bilhões, prevê investimentos em infraestrutura e formação educacional, além de uma série de incentivos fiscais para estimular as contratações.

Para financiá-lo, o Executivo prevê mais cortes no orçamento do Estado e a eliminação de incentivos aos mais ricos, introduzidos durante o mandato do ex-presidente George W. Bush.

Os democratas no Senado acrescentaram a imposição de um imposto de 5% aos milionários. Obama indicou que está aberto a propostas diversas para custear o plano. EFE

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