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GM e Chrysler defendem fechamento de concessionárias e demissões

Publicado 03.06.2009, 20:00
Atualizado 04.06.2009, 07:54
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María Peña.

Washington, 3 jun (EFE).- Os executivos da General Motors (GM) e da Chrysler, duas empresas com problemas financeiros, afirmaram hoje perante um Senado cético que o fechamento de mais de duas mil concessionárias e a demissão de milhares de empregados é "difícil e doloroso", mas essencial para a sobrevivência delas a longo prazo.

O presidente e principal executivo da GM, Fritz Henderson, e o dirigente da Chrysler, James Press, foram hoje ao Comitê de Comércio do Senado para explicar os planos de viabilidade das empresas e como pensam em ajudar as concessionárias afetadas pelo fechamento.

A falência das duas empresas coloca em risco concessionárias que, em seu conjunto, empregam mais de 100 mil pessoas em todo o país.

O processo de reestruturação é "difícil e doloroso", mas ajudará a viabilidade da GM e a meta de ter "menos concessionárias, mas mais fortes", afirmou Henderson no início da audiência.

Ele explicou que a General Motors não tinha outra opção, já que a empresa tem enfrentado, nas últimas duas décadas, uma competição forte no exterior e problemas associados com a volatilidade do mercado energético.

A realidade que a companhia enfrenta agora é inegável: a empresa deve se reinventar, embora isso represente grandes sacrifícios "para toda a família da GM", incluindo as concessionárias, explicou o presidente da montadora automobilística.

A empresa conta com aproximadamente seis mil concessionárias nos Estados Unidos, em comparação com 1.240 da Toyota e 3.358 da Ford.

Segundo Henderson, a General Motors prevê ficar com entre 3.500 e 3.800 até o fim de 2010, e parte do fechamento das concessionárias se deve a que a empresa eliminará ou venderá as marcas de Hummer, Pontiac, Saab e Saturn.

O presidente e principal executivo da GM insistiu em que, mesmo com os cortes, a companhia terá "a maior e mais extensa rede de concessionárias do país, inclusive maior que qualquer" das "rivais", como Toyota, Honda, Nissan, Ford e Chrysler.

A Chrysler, que em 1992 contava com 4.923 concessionárias, pensa em fechar 789 até terça-feira, do total de 2.392 que possui agora.

Press fez um mea culpa às concessionárias ao ressaltar que "a última coisa que a Chrysler gostaria é se declarar em falência", mas que o plano de reestruturação da empresa "é necessário para salvar a companhia".

Em tempos de uma "depressão para a indústria automotiva", a concessionária que não vende muitos veículos termina sendo um peso para a empresa, e acrescentou: "porque se eles não vendem, nós também não".

A Chrysler, que perde US$ 100 milhões diariamente, tenta amortecer o golpe para as concessionárias afetadas através de um plano que facilite a redistribuição do estoque de veículos que não tenham sido vendidos antes do "Dia D".

Na mesma audiência, John McEleney, presidente da Associação Nacional de Concessionárias de Automóveis (NADA, na sigla em inglês), criticou as drásticas medidas das duas empresas, diante das vendas fracas.

A GM e a Chrysler, outrora líderes mundiais no setor automotivo nas décadas de 1940 e 1950, perderam uma participação substancial de mercado devido à concorrência exterior. Agora, após declarar falência, enfrentam uma luta existencial a longo prazo.

O presidente do Comitê, Jay Rockefeller, e outros líderes do Senado consideraram injusto que o Governo tenha recorrido ao resgate da GM, para que agora esta e a Chrysler abandonem "sem aviso prévio e sem ajuda" seus clientes e as concessionárias.

Das Três Grandes de Detroit, só a Ford não pediu ajuda federal, nem se declarou em quebra.

O Governo de Washington terá participação majoritária (60%) na General Motors, que prevê sair da quebra transformada em uma empresa "menor, mais ecológica e mais eficiente" em um prazo de entre 60 e 90 dias.

Um tribunal federal aprovou a venda da maioria dos ativos da Chrysler à italiana Fiat, embora alguns credores tentem frear o processo nos tribunais.

A GM divulgou hoje um anúncio no qual promete que sairá mais forte da crise, e pede a confiança dos clientes. EFE

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