Por Laila Bassam e Angus McDowall
BEIRUTE (Reuters) - O Exército da Síria e seus aliados estão lutando para manter e ampliar um corredor precário para seus companheiros em Deir al-Zor um dia depois de avançarem contra linhas do Estado Islâmico e romperem o cerco dos jihadistas.
O Exército chegou a Deir al-Zor na terça-feira graças a uma arremetida súbita de dias de duração que veio na esteira de meses de avanços contínuos pelo leste através do deserto, acabando com um sítio que já durava três anos.
Mas os contra-ataques do Estado Islâmico se estenderam noite adentro, disse o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, grupo de monitoramento sediado no Reino Unido, já que os jihadistas tentaram repelir os militares.
A batalha adiante promete ser dura porque, depois de romper o cerco, agora o Exército pretende expulsar o Estado Islâmico de sua metade da cidade, o tipo de combate rua a rua no qual os radicais se destacam.
"O próximo passo é libertar a cidade", disse um comandante não-sírio da aliança militar que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Assad e seus aliados – Rússia, Irã e milícias xiitas incluindo o Hezbollah – darão sequência à liberação de Deir al-Zor com uma ofensiva ao longo do rio Eufrates, segundo o comandante.
O vale do Eufrates atravessa um trecho populoso e verdejante de cerca de 260 quilômetros de extensão e 10 quilômetros de largura através do deserto da Síria que vai de Raqqa à fronteira iraquiana em Al-Bukamal.
A área era um bastião do Estado Islâmico, mas se tornou um alvo neste ano quando uma aliança de milícias curdas e árabes apoiada pelos EUA sitiou e atacou Raqqa.
Perdendo terreno rapidamente na Síria e no Iraque, o grupo extremista está recuando para cidades Eufrates abaixo para além de Deir al-Zor, como Al-Mayadin e Al-Bukamal, onde muitos acreditam que tentará uma última resistência.