Rio de Janeiro, 6 jun (EFE).- O índice de inflação em maio foi de 0,36%, praticamente metade da taxa de abril (0,64%) e inferior ao 0,47% do mesmo mês do ano passado, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada nos cinco primeiros meses do ano foi de 2,24%, mais de um ponto abaixo dos 3,71% do mesmo período em 2011, graças à desaceleração dos preços.
Da mesma forma, o índice anualizado ficou em 4,99%, quase um ponto e meio abaixo dos 6,55% registrado entre junho de 2010 e maio de 2011. A taxa mantém a tendência descendente que se iniciou em setembro, quando o índice anualizado era de 7,31%.
Os dados são compatíveis com a meta estabelecida pelo governo de terminar o ano com uma inflação de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite que a taxa chegue no máximo a 6,5%.
Enquanto o Banco Central (BC) projeta para este ano uma inflação de 4,4%, economistas das instituições financeiras preveem um índice de 5,15%. Em 2011, a inflação foi de 6,50%, a maior desde 2004, quando chegou a 7,60%.
O IBGE divulgou que os preços do tabaco - que com a política antitabagista do governo subiram 15,04% em abril e foram os grandes causadores da alta da inflação - só aumentaram 4,64% em maio.
Os fatores que mais pressionaram a inflação em maio foram os salários dos empregados domésticos, com uma variação de 0,66%, o vestuário (0,89%) e os remédios (0,98%).
A desaceleração da inflação reforça a política do BC de reduzir gradualmente as taxas de juros para incentivar o investimento e o crescimento econômico, que no primeiro trimestre do ano foi de apenas 0,2%.
No mês passado, a autoridade monetária reduziu os juros básicos até os 8,5% anuais, o menor nível registrado até hoje no país. EFE