📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

G20 estudará meios de manter economia aquecida sem a ajuda de Governos

Publicado 23.09.2009, 09:13

Washington, 23 set (EFE).- A recessão econômica de 1937, que agravou a Grande Depressão americana, será uma das referências da cúpula que o Grupo dos Vinte (G20, os países desenvolvidos e as principais nações emergentes) realiza quinta e sexta-feira, em Pittsburg (EUA).

Na reunião, as partes vão debater a melhor forma de suspender as intervenções do Governo e dos bancos centrais nos mercados e no sistema financeiro, mas sem fazer com que a economia se ressinta.

A recuperação da economia americana já atingiu tal ponto que os especialistas acham que os Estados Unidos já se uniram aos países que saíram da recessão, como Alemanha e França.

Agora, os membros do G20 sabem que começarão a ter de lidar com os elevados déficits acumulados. Além de encarar o peso da dívida assumida pelas nações ricas, o grupo se prepara para picos de inflação.

O ano de 1937, no entanto, mostrou que é preciso cautela na hora de pisar no freio.

"Esse ano é muito importante na história econômica dos Estados Unidos, pois houve uma recessão dentro de uma depressão", explicou à Agência Efe Charles Geisst, especialista em história econômica do Manhattan College.

A economia americana, que havia sofrido um baque em 1929, começou a se recuperar a partir de 1933. Quatro ano depois, o desemprego já havia caído para 14%, uma taxa muito alta, mas inferior à de 25% registrada anos antes.

Na época, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou as taxas de juros. O Governo, por sua vez, aumentou os impostos e restringiu os gastos, sufocando a frágil expansão econômica.

Segundo alguns economistas, a situação atual nos EUA é similar à de 72 anos atrás: a recuperação começou, mas é delicada e encontra obstáculos nos problemas financeiros e num desemprego que em breve deverá passar de 10%.

"A suspensão do estímulo e o endurecimento da política monetária seriam um erro catastrófico neste momento", acredita Damon Silvers, representante dos sindicatos e vice-presidente da comissão do Congresso que supervisiona o pacote econômico lançado pelo presidente Barack Obama.

"A principal causa da crise financeira não foi abordada", ressalta.

Silvers se referiu aos bancos americanos, que ainda mantêm nos livros contábeis os ativos podres que provocaram a crise. Para agravar a situação, embora aparentemente o caos no setor imobiliário tenha chegado ao fundo do poço, analistas preveem que o valor dos imóveis comerciais continuará caindo.

Esse panorama põe em risco, particularmente, as pequenas entidades financeiras dos EUA, diz Hung Tran, diretor do Departamento de Mercados de Capitais e Países Emergentes do Instituto de Finanças Internacionais (IFI), a maior associação de bancos do mundo.

Desde que a economia passou a dar sinais de estabilização, o Fed reduziu alguns de seus programas extraordinários de empréstimos e sugeriu medidas para que possa deixar de intervir nos mercados. O mesmo fez o Governo com relação ao estímulo econômico.

"Os erros clássicos de política econômica durante as crises são atuar tarde demais com força insuficiente e depois frear muito rápido. Não vamos repetir esses erros", disse recentemente o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

Numa reunião preparatória para a cúpula de Pittsburgh, os ministros da área econômica da UE já disseram que manterão as medidas expansivas "até que a recuperação se consolide".

Por trás dessa declaração, no entanto, se esconde a ansiedade da Europa em saber como os EUA enfrentarão um déficit que passa de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), destaca Heather Conley, diretora para a Europa do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, em inglês).

"Os líderes europeus querem um plano preciso de como o estímulo será retirado", lembra Conley.

A UE tem consciência que deixar o pé no acelerador também é arriscado. Afinal de contas, as baixíssimas taxas de juros que os EUA praticavam no começo da década contribuíram, segundo os analistas, para inflar a bolha que estourou no ano passado. EFE cma/sc

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.