Frankfurt (Alemanha), 9 jun (EFE).- O executivo-chefe da Opel,
Nick Reilly, disse hoje que a matriz da empresa, a General Motors,
está muito "decepcionada" com a decisão do Governo alemão de negar
socorro a companhia.
Após um longo processo de negociação, Reilly mostrou sua surpresa
e considerou que "a decisão é difícil de entender".
O Governo alemão se negou hoje a conceder socorro estatal à
fabricante de automóveis Opel. A ajuda tinha sido solicitada pela
matriz General Motors (GM), segundo anunciou o ministro da Economia,
Rainer Brüderle.
O executivo-chefe da Opel assegurou que os Estados federados com
fábricas da Opel estavam dispostos a fornecer as verbas de ajuda
públicas.
A chanceler Angela Merkel convocou para amanhã uma reunião com os
primeiros-ministros desses quatro estados para falar de possíveis
alternativas.
Reilly explicou que agora a GM estudará todas as possibilidades
de financiamento e espera que outros países europeus que já
asseguraram o socorro, como o Reino Unido e a Espanha, não voltem
atrás.
A Opel tinha solicitado apoio financeiro no valor de 1,1 bilhão
de euros ao Governo alemão e aos Estados federados.
Reilly acrescentou que o processo de reestruturação vai ser
atrasado depois da decisão de Berlim e cifrou o problema financeiro
da Opel em 400 milhões de euros.
O diretor explicou que o Reino Unido assegurou verbas em torno
dos 330 milhões de euros e a Espanha uma quantidade similar.
A Opel criticou o Executivo alemão por ter se negado a conceder
socorro à empresa automobilística ao contrário do que Governos de
outros países europeus onde a matriz General Motors também tem
filiais fizeram. EFE