Cabul, 11 set (EFE).- O Governo do Afeganistão declarou neste domingo que o povo afegão "compartilha a dor" pelos atentados de 11 de setembro de 2001 e sentem orgulho da aliança forjada com os Estados Unidos na luta contra o terrorismo após esse ataque.
"Afeganistão, um país onde gente inocente continua sendo vítima de ataques de terroristas, sentiu a dor de uma maneira muito acentuada naquele fatídico dia", declarou o ministro das Relações Exteriores afegão, Zalmai Rassoul, em cerimônia em lembrança ao 11/9.
Rassoul ressaltou que o 11-9 e "os sacrifícios comuns durante a última década" levaram o Afeganistão e os EUA a se transformarem em "estreitos aliados" na guerra contra "a escória" do terrorismo.
"Os afegãos foram capazes de alcançar conquistas na causa da paz, da segurança e do desenvolvimento do Afeganistão", acrescentou o chanceler.
Rassuol fez declarações em cerimônia de lembrança às vítimas dos ataques terroristas organizada pela Embaixada americana em Cabul.
EUA invadiram o Afeganistão com o apoio da comunidade internacional apenas um mês depois do 11-9, após acusar o regime talibã de mulá Omar, então no poder, de dar cobertura ao líder da rede Al Qaeda, Osama bin Laden.
Segundo porta-voz do Governo consultado pela Efe, Rassoul falou no ato deste domingo na embaixada americana em representação do presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, o único chefe de Estado que teve o país asiático desde a queda dos talibãs.
Atualmente, 133 mil soldados estrangeiros estão em território afegão, maioria de americanos.
A Otan começou em julho a sair progressivamente do país e a repassar as competências de segurança às forças afegãs. O processo será concluído em 2014 se cumpridos os prazos previstos. EFE