Londres, 12 ago (EFE).- Um barco do Greenpeace sairá hoje de
Londres para protestar contra a atividade de plataformas
petrolíferas em águas profundas, sendo o Brasil um possível destino,
no que a organização ambientalista define como uma atividade
altamente arriscada para o meio ambiente.
A organização não informou qual região será a escolhida para ser
o destino de seu barco "Esperanza", para manter o elemento de
surpresa e não dar tempo de as empresas exploradoras minimizarem o
efeito de seu protesto.
Os possíveis destinos são regiões de exploração em águas
profundas no Brasil, no Ártico, na Nigéria e no Atlântico Norte.
O objetivo da viagem do barco "Esperanza" é chamar a atenção
sobre uma prática altamente perigosa, "muito além" do desastre
ecológico nas águas do Golfo do México depois do acidente envolvendo
a plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, segundo a
organização.
O Greenpeace qualificou de "irresponsáveis" os projetos das
petrolíferas e exigiu uma moratória internacional à exploração em
águas profundas para evitar desastres como o do Golfo do México.
A ativista Leila Deen, que viaja no "Esperanza", disse que o
mundo deve abandonar sua dependência de petróleo e pediu estímulos
às tecnologias limpas de produção de energia para fazer frente à
mudança climática e criar postos de trabalho.
"O problema vai muito além do desastre no Golfo do México. (...)
O negócio do petróleo no século XXI é algo desesperado, sujo e
inacreditavelmente perigoso", declarou Leila.
Outro barco do Greenpeace, o "Arctic Sunrise", também deve
empreender hoje uma expedição científica de três meses de duração
para examinar o impacto na vida marinha do vazamento causado pela
plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México. EFE