Washington, 1 jun (EFE).- Fritz Henderson, presidente e
executivo-chefe da montadora General Motors (GM), disse durante
entrevista coletiva que "hoje é um dia difícil, mas muito
importante" para a companhia, porque marca o início da reinvenção da
montadora automobilística.
"Hoje, a velha GM é história. Hoje começa a nova General Motors",
declarou.
Henderson explicou a situação na qual se encontra a empresa e os
planos futuros da companhia em uma entrevista coletiva realizada em
Nova York horas depois de a montadora americana protagonizar o maior
pedido de concordata da história dos Estados Unidos.
Durante uma hora, o dirigente da General Motors manteve o mesmo
tom otimista que o expressado pelo presidente Barack Obama durante
uma entrevista coletiva na Casa Branca e na qual o chefe de Estado
disse que a concordata dá à GM "a oportunidade de renascer".
Henderson disse que hoje "é um momento de definição na história"
da companhia e que, graças aos acordos alcançados com os Governos de
EUA, Canadá, o sindicato United Auto Workers (UAW) e "a maioria dos
credores", a nova companhia será menor e dirigida ao cliente.
Ele também repetiu que nunca desejou declarar a quebra da firma,
mas que o processo judicial iniciado hoje, e o qual espera que dure
entre 60 e 90 dias, "permitirá (à empresa) chegar" ao novo "destino"
e de forma rápida.
Para o executivo, "o mais difícil" foi o fechamento de unidades
(14 até 2012) e a eliminação de milhares de postos de trabalho.
Sobre as subsidiárias da GM fora dos EUA e do Canadá, reconheceu
que foram afetadas pela queda da demanda nos Estados Unidos, mas o
CEO da GM esclareceu que as "operações no México não estão incluídas
na quebra".
Henderson repetiu que a declaração de falência "não terá impacto"
na Europa, na América do Sul ou na Ásia e que, nestes lugares, as
subsidiárias seguirão operando "sem interrupções".
Finalmente, o executivo pediu aos clientes da velha GM que não
abandonem a montadora e que "nos deem outra oportunidade". EFE