Nova York, 10 jan (EFE).- O fundador da Playboy, Hugh Hefner, anunciou nesta segunda-feira que chegou a um acordo para comprar todas as ações da empresa por US$ 6,15 por título e que a companhia deixará de cotar em bolsa.
"Com a finalização da transação, a Playboy fechará um ciclo e voltará a suas raízes como uma empresa não cotada", disse em comunicado Hefner, que criou a empresa em 1953 e começou a cotar em bolsa em 1971.
O criador da companhia que publica a revista erótica acrescentou que a aquisição "fornecerá recursos e flexibilidade necessários para que a Playboy volte a sua posição única e se expanda por todo o mundo".
Através de sua empresa Icon Acquisition Holdings, Hefner terá todas as ações da Playboy, da qual até então possuía 69,5% das ações de classe A e 27,7% dos títulos de classe B.
O preço de US$ 6,15 por ação, pelo qual o fundador da Playboy comprará o restante da companhia, é 56,1% superior ao preço de fechamento das ações da empresa na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em 9 de julho de 2010, um dia antes de ser divulgada a oferta de Hefner.
Naquele momento, o polêmico fundador da Playboy ofereceu comprar o resto da companhia por US$ 5,50 em dinheiro por título (um total de US$ 184 milhões), o que iniciou uma luta pelo controle da empresa.
De fato, poucos dias depois de Hefner ter divulgado sua intenção, a companhia proprietária da Penthouse ofereceu US$ 210 milhões pela Playboy.
Finalmente, o conselho de administração da empresa decidiu pelo fundador da revista para controlar a Playboy e um dos membros do conselho, Sol Rosenthal, assegurou nesse mesmo comunicado que a transação "busca os melhores interesses dos acionistas da companhia".
O atual diretor executivo da empresa, Scott Flanders, que continuará no cargo, afirmou que o acordo "ajudará a reforçar os balanços" da companhia, que foram afetados pelo crescente descenso da publicidade na revista e por um forte aumento dos conteúdos para adultos na internet. EFE