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Hungria tenta tranquilizar mercados após nervosismo de ontem

Publicado 05.06.2010, 10:42
Atualizado 05.06.2010, 11:35

Marcelo Nagy.

Budapeste, 5 jun (EFE).- O novo Governo conservador da Hungria tentou hoje tranquilizar os ânimos nos mercados internacionais e assegurou que a situação econômica do país está estabilizada e não existe risco de falência.

Mihaly Varga, presidente da comissão governamental que investiga o estado real da economia da Hungria, manifestou diante da imprensa em Budapeste que "a situação está estabilizada".

O secretário de Estado acrescentou que os comentários de vários políticos de seu partido, o conservador Fidesz, sobre uma possível quebra da Hungria, foram "exagerados" e "infelizes".

Um porta-voz do Governo tinha advertido que o déficit público do país poderia ser mais elevado do que o esperado, o que derrubou as bolsas europeias.

Outro dirigente do governante partido Fidesz, Lajos Kosa, comparou a situação da Hungria com a da Grécia, sobretudo quanto à possível manipulação de dados econômicos.

O índice geral da Bolsa de Budapeste caiu 3,3%, enquanto a moeda húngara, o forint, recuou 2% com relação ao euro, menor nível no ano.

Diante desta situação, o Banco Nacional da Hungria (MNB) interveio ontem à tarde, assegurou que a economia do país está em vias de recuperação e previu para o ano 2010 um déficit fiscal de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto constatou uma "considerável melhoria" nos balanços de pagamentos.

Nesse sentido, Varga disse que o plano do Governo continua sendo alcançar um déficit de 3,8%, como estava previsto pelo anterior executivo e a Comissão Europeia.

Para isso "é necessário atuar imediatamente" e realizar mudanças estruturais, acrescentou o dirigente do Fidesz, embora tenha destacado que o financiamento da dívida pública húngara não está em perigo.

Conforme analistas húngaros, as palavras dos políticos conservadores sobre a possível quebra "eram de uso interno" no meio da turbulência política que atinge o país há anos.

Varga disse hoje que a comissão identificou a "existência de grandes diferenças" entre os dados publicados pelo Governo anterior e "a realidade".

Fontes do Governo húngaro tinham advertido nos últimos dias sobre a possibilidade de que o déficit fiscal chegasse a 7,5% do PIB nesse ano.

Para dar exemplos sobre as diferenças, Varga enumerou hoje as receitas de impostos, as despesas do setor público, as despesas geradas pelas companhias públicas de transporte, como a companhia aérea Malev, a ferroviária MAV e o transporte urbano de Budapeste, assim como os números da seguridade social.

"O Governo de Bajnai (Gordon) mentiu e não apresentou a realidade", enfatizou o secretário de Estado e acrescentou que vai determinar "quem são os responsáveis" pela publicação dos números maquiados.

Hungria é um dos países mais afetados pela crise financeira de 2008 e em outubro desse mesmo ano teve de pedir empréstimo internacional de 20 bilhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Mundial (BM) e à União Europeia para evitar a falência.

O Governo do economista independente Gordon Bajnai, que governou durante um ano, até abril de 2010, introduziu uma série de severas medidas para estabilizar as contas públicas.

Os especialistas do Governo húngaro receberão na próxima semana uma delegação do FMI para analisar a situação.

O novo primeiro-ministro, Viktor Orban, tinha assegurado após sua vitória eleitoral que renegociará as condições do pagamento da dívida, para ganhar margens de manobra para sua própria gestão. EFE

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