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IBC-Br cai menos que o esperado em março e indica expansão de 2,4% da economia no 1º tri

Publicado 19.05.2023, 09:07
© Reuters. Vista do prédio do Banco Central em Brasília
20/03/2020 REUTERS/Adriano Machado

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) -A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Banco Central nesta sexta-feira, em meio a sinais de resiliência das atividades de varejo e serviços e mesmo com os impactos da política monetária restritiva.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), menos do que a expectativa em pesquisa da Reuters de uma retração de 0,30%.

Com isso, o IBC-Br fechou o primeiro trimestre com avanço de 2,41% na comparação com os três meses anteriores, mostrando vaivém no desempenho econômico ao longo dos primeiros meses do ano.

O IBC-Br iniciou o ano com alta de 0,59% em janeiro na comparação com o mês anterior. Em fevereiro, o IBC-Br teve expansão de 2,53%, em dado fortemente revisado pelo BC de uma expansão de 3,32% informada antes, atrelada ao desempenho das atividades agrícola e de serviços.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve em março alta de 5,46%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,31%, de acordo com números observados.

"Embora os detalhes do IBC-Br não sejam fornecidos pelo BC, estimamos que o desempenho positivo da atividade no primeiro trimestre deve-se a uma produção recorde de grãos na safra de verão 2022-23", explicou Gabriel Couto, economista do Santander (BVMF:SANB11), elevando ligeiramente a projeção para o crescimento do PIB no primeiro trimestre para 1,2% ante os três meses anteriores, de 1,1% antes.

O IBGE divulga em 1° de junho os dados sobre o PIB no primeiro trimestre. No quarto trimestre de 2022 a economia brasileira sofreu queda de 0,2% sobre os três meses anteriores, de acordo com os dados do IBGE, mas ainda fechou o ano passado com crescimento de 2,9%.

Em março, a produção da indústria do Brasil cresceu um pouco mais do que o esperado, 1,1%, e interrompeu dois meses seguidos de quedas, mas ainda assim fechou o primeiro trimestre com estagnação.

Ao mesmo tempo, o setor de serviços brasileiro cresceu mais do que o esperado em março, 0,9%, enquanto as vendas varejistas surpreenderam com uma alta de 0,8% em relação ao mês anterior.

Com a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, a economia brasileira vem sentindo com mais intensidade os efeitos da política monetária restritiva, com setores industriais ligados ao crédito mais fortemente atingidos e endividamento elevado no país, além de uma desaceleração global.

Por outro lado, novas medidas de transferência de renda pelo governo devem dar alguma ajuda, junto com fortes resultados esperados do setor agrícola, ajudando a evitar uma desaceleração mais intensa do PIB.

"Ainda que o primeiro trimestre tenha fechado um pouco melhor que o esperado, não altera a tendência de desaceleração para o ano", avaliaram Marco Caruso e Igor Cadilhac, do Banco Original, que por sua vez mantiveram a projeção de alta de 1,1% para o PIB no primeiro trimestre.

O mercado prevê para este ano uma expansão do PIB de 1,02%, indo a 1,38% em 2024, de acordo com a pesquisa Focus mais recente.

Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a aprovação pelo Congresso de um novo arcabouço fiscal e da reforma tributária colocarão o Brasil em uma trajetória de crescimento acima da média mundial, estimando o crescimento da economia neste ano na casa de 2%, o que ele considerou baixo.

© Reuters. Vista do prédio do Banco Central em Brasília
20/03/2020 REUTERS/Adriano Machado

Duas fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters que o Ministério da Fazenda vai elevar sua projeção oficial para o crescimento do PIB este ano para 1,9%, de 1,6% estimado em março.

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

(Edição de Luana Maria Benedito)

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