Madri, 4 jul (EFE).- Um dia após a vitória por 1 a 0 sobre o
Paraguai e a classificação para as semifinais da Copa do Mundo, a
imprensa espanhola colocou hoje o goleiro Iker Casillas e o atacante
David Villa como os principais responsáveis pelo sucesso na partida.
Os dois jogadores entraram para a história do Mundial. Ao
defender o chute de Óscar Cardozo, Casillas se tornou o primeiro
goleiro a defender pênaltis em duas Copas diferentes. Em 2002, ele
havia parado a cobrança do lateral irlandês Ian Harte.
Já o atacante é o espanhol com mais gols em partidas seguidas de
Copa, cinco. Se balançar a rede contra a Alemanha, nas semifinais,
igualará o recorde do 'Furacão' Jairzinho e do francês Just
Fontaine.
"Toda a vida sonhando com um dia assim" é a manchete principal do
jornal "Marca", com uma foto de Casillas, de joelhos e braços para o
alto, comemorando a vitória. E acrescenta que foi uma "vitória
dramática: 'São' Iker defendeu um pênalti, e Xabi Alonso errou
outro. Villa decidiu aos 37 minutos do segundo tempo".
O periódico "As" abre com "sangue, suor e Vitória!", explicando
que o "Paraguai foi um adversário fortíssimo e que levou a Espanha
ao limite". E lembrou que "Villa, com cinco gols, é o artilheiro da
Copa".
Na opinião do jornal, o badalado atacante Fernando Torres ainda
não jogou bem no Mundial e sua substituição ontem fez bem à 'Fúria'.
"A equipe melhorou outra vez quando Torres saiu".
Além disso, também exaltou a participação do camisa 1 espanhol:
"Casillas defendeu um pênalti quando o jogo estava 0 a 0 e aos 44
minutos do segundo tempo fez outras duas grandes intervenções".
O periódico "Sport" chamou a vitória de "histórica" e a partida
de "louca", pelo fato de o paraguaio Cardozo ter perdido um pênalti
e, um minuto depois, o volante espanhol Xabi Alonso ter feito o
mesmo.
Por sua vez, o jornal "ABC" destaca: "a um passo da glória" e, em
sua crônica, coloca que a Espanha está "às portas do céu".
Os espanhóis fazem uma das semifinais da Copa contra a Alemanha,
na próxima quarta-feira, às 15h30 (de Brasília), no estádio Moses
Mabhida, em Durban. EFE