Tóquio, 30 jul (EFE).- O Japão anunciou hoje uma inesperada queda
em sua produção industrial, além de seu maior nível de desemprego em
sete meses e mais deflação, o que escurece as perspectivas sobre o
ritmo de recuperação da segunda economia mundial.
Os dados de junho publicados hoje pelo Governo abrem novas
dúvidas sobre a solidez da recuperação econômica no país asiático,
que retomou o crescimento no segundo trimestre de 2009, depois de 12
meses de recessão.
Hoje foi a divulgada a informação de que a produção industrial no
Japão caiu 1,5% em junho em comparação com o mês anterior, sua
primeira queda em quatro meses por causa, sobretudo, da menor
fabricação de automóveis e produtos eletrônicos, dois dos grandes
motores das exportações japonesas.
O dado pegou os analistas de surpresa, que tinham previsto que a
produção industrial japonesa se manteria estável em junho ou,
inclusive, cresceria cerca de um décimo.
Apesar da queda, a maior em 16 meses, espera-se que em julho a
produção caia apenas 0,2% e, em agosto, cresça novamente cerca de
2%, segundo uma pesquisa realizada entre os fabricantes pelo
Ministério de Economia, Comércio e Indústria japonês.
Por trás da redução no ritmo de produção, está uma menor demanda
na Europa e na China, mas também dentro do Japão, onde, segundo os
especialistas, começam a ser sentido os efeitos dos incentivos do
Governo à compra de produtos como automóveis ecológicos. EFE