Inflação acumulada até abril já chega a 2,65%

Publicado 07.05.2010, 10:20
Atualizado 07.05.2010, 10:35

Rio de Janeiro, 7 mai (EFE).- A inflação acumulada nos primeiros quatro meses do ano somou 2,65%, muito acima da taxa de 1,72% medida no mesmo período do ano passado, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A elevação dos preços entre janeiro e abril já é pouco mais da metade da registrada em todo o ano passado (4,31%), enquanto a taxa anualizada bateu em 5,26%, igualmente acima da medida entre maio de 2008 e abril de 2009 (5,17%), segundo o IBGE.

A taxa acumulada até abril ameaça o cumprimento da meta de 4,5% definida pelo Governo para 2010. O número oficial, no entanto, permite uma margem de oscilação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

O aumento da inflação registrado nos últimos meses no Brasil prosseguiu em abril, quando o índice foi de 0,57%, mais do que o medido no mesmo mês do ano passado (0,48%) e do medido em março deste ano (0,52%).

A inflação não era tão elevada em um mês de abril desde 2005, quando foi de 0,87%.

A preocupação com a escalada dos preços obrigou o Banco Central (BC) a anunciar na semana passada uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, até 9,5% ao ano. A elevação dos juros em abril foi a primeira em 19 meses.

Segundo o IBGE, apesar de os preços de produtos e serviços terem registrado uma desaceleração em abril, o índice do mês subiu devido a um reajuste nos remédios, ao lançamento das novas coleções de moda e ao fim do desconto fiscal que o Governo estava oferecendo aos compradores de automóveis.

Os preços dos alimentos subiram 1,45% em abril, um pouco abaixo do aumento de 1,55% em março, mas já acumulam uma elevação de 5,19% em 2010.

O reajuste médio de 4,6% nos preços dos alimentos autorizado pelo Governo em 31 de março foi responsável por 0,06 ponto percentual de toda a inflação registrada em abril.

O índice oficial de inflação calcula a variação dos preços nas 11 maiores cidades do país para as famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos. EFE

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