Bruxelas, 15 out (EFE).- Os preços ao consumidor se mantiveram
estáveis em setembro nos países do euro, o que deixou a taxa de
inflação anualizada em -0,3%, um décimo abaixo do registrado em
agosto.
Também não houve variação nos preços no mês passado em toda a
União Europeia (UE), onde a inflação acumula uma alta do 0,3% nos
últimos 12 meses, frente ao 0,6% registrado em agosto.
Segundo destaca hoje o Eurostat, escritório de estatística da UE,
em um ano, a inflação passou de 3,6% para -0,3% na zona do euro e de
4,2% a 0,3% em todo o bloco europeu.
Dez dos 27 países-membros da UE têm inflação negativa, liderados
por Irlanda (-3%), Portugal (-1,8%) e Estônia (-1,7%).
No extremo oposto, com os avanços de preços mais intensos no
último ano, estão Romênia (4,9%), Hungria (4,8%) e Polônia (4%).
Em relação às maiores economias da UE, na Alemanha, os preços
acumulam uma queda em 12 meses de 0,5%, enquanto, na França, a
contração é de 0,4%; pelo contrário, o Reino Unido registra alta de
1,1% e a Itália, de 0,4%.
Em relação a agosto, os preços caíram em 23 Estados-membros,
subiram em três e mantiveram-se estáveis em um.
No último ano, na zona do euro, os produtos energéticos acumulam
queda de 11%. Só em agosto, caíram 1,2%.
Excluindo a energia e os alimentos frescos, cujas variações de
preços tendem a ser maiores, a inflação até setembro teria sido de
1,1%.
Os produtos e serviços que baratearam no último ano são o
transporte (-3,7%), a habitação (-1,6%), os alimentos (-1,3%) e as
comunicações (-0,3%).
As maiores altas anuais foram as das bebidas alcoólicas e do
cigarro (4,4%), seguidos de utensílios para o lar (1,5%), hotéis e
restaurantes (1,4%), saúde (1,2%), vestuário (0,4%), educação
(0,6%), lazer e cultura (0,3%).
Por produtos, a maior contribuição à baixa anualizada dos preços
foi a dos combustíveis para o transporte, que, com uma queda de
14,4%, retiraram 0,7 ponto da taxa geral.
Outras baixas significativas foram as do gás (-10,9%), do leite,
queijo e ovos (-4,1%), equipamentos audiovisuais (-12,2%) e carros
(-1,7%).
Pelo contrário, as altas mais relevantes foram as de restaurantes
e cafés (1,6%), cigarro (5,7%) e aluguéis (1,8%). EFE