Pequim, 15 set (EFE).- O investimento direto estrangeiro (IDE)
cresceu na China 7%, em agosto, pela primeira vez nos últimos onze
meses, informou hoje o Ministério de Comércio.
Segundo o porta-voz da pasta, Yao Jian, em agosto o país asiático
recebeu US$7,5 bilhões de IDE (5,13 bilhões de euros), coincidindo
com resultados econômicos que arrojam esperanças para o resto da
economia mundial.
Em comparação, em julho o investimento registrou uma queda de
35,7%, e o dado de entre janeiro e agosto tem uma média de
retrocesso de 17,5% até os US$55,9 bilhões.
A queda foi mais suave que a média do período compreendido entre
janeiro e julho, quando foi de 20,3%.
O investimento estrangeiro foi básico, junto com as exportações,
para o crescimento da terceira economia mundial nas últimas três
décadas.
Segundo o porta-voz Jiang, o aumento de IDE em agosto foi uma
consequência do aumento de investimento na indústria das manufaturas
chinesas, a mais prejudicada pela crise, que registrou um aumento de
11,7% anualizado até US$4,3 bilhões.
No entanto, o setor que recebeu maior IDE foi o de
infraestruturas, no qual o Governo realizou uma grande investimento
desde novembro como parte do pacote de resgate de quase meio trilhão
de dólares para atenuar a crise.
Graças a estas medidas, China experimentou um crescimento do PIB
de 7,9% anualizado no segundo trimestre do ano, após um
arrefecimento de 6,1% no primeiro.
O alvo de crescimento que se marcou Pequim para este ano é de 8%.
No entanto, o declive investidor continuou em outros setores como
o dos serviços ou a propriedade que, no entanto, está registrando
uma bolha de preços de até 30% no caso de cidades como Pequim. EFE