Teerã, 19 fev (EFE).- Os dois jornalistas alemães que foram detidos no Irã em outubro quando tentavam entrevistar o filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério, foram condenados a 20 meses de prisão, pena que foi trocada por uma multa de 36 mil euros, informou neste sábado a agência de notícias estudantil "Isna".
A fonte cita um comunicado emitido pelo Ministério da Justiça, mas não indica em que data foi emitida a sentença contra dois repórteres foram já libertados.
O porta-voz do Poder Judiciário e procurador-geral do Estado, Gholam Hussein Mohseni Ejaei, havia anunciado em 9 de fevereiro que seu caso seria levado em breve aos tribunais.
Meses depois e após pressões da Alemanha foram considerados culpados de transgredir as leis de entrada no país, porque entraram com visto de turista e sem creditarem-se como jornalistas.
O Ministério de Exteriores alemão teve de exercer pressões para que Teerã permitisse que dois familiares, a mãe do fotógrafo e a irmã do repórter, pudessem visitá-los nos Natal.
No início de 2011, a própria Ashtiani anunciou na imprensa que pretende entrar com ação contra os dois jornalistas alemães por terem tentado entrevistar seu filho e pediu à imprensa estrangeira que esqueça seu caso.
O caso de Ashtiani, de 43 anos, veio à tona no ano passado, depois que seu primeiro advogado denunciasse que havia sido acusada de adultério e seria condenada a morrer apedrejada.
A notícia gerou uma onda de solidariedade mundial, obrigando o regime iraniano suspender a condenação. EFE