Teerã, 15 fev (EFE).- O Irã decidiu suspender as exportações de petróleo para seis países europeus, Holanda, Espanha, Itália, França, Grécia e Portugal, em resposta às sanções impostas pela União Europeia (UE) ao país, informou nesta quarta-feira a emissora oficial iraniana "Press TV".
Já a televisão estatal em língua persa, "IRIB", afirmou que as autoridades iranianas convocaram vários embaixadores europeus, que foram informados de que o "Irã vai reconsiderar continuar vendendo petróleo", sem afirmar que as vendas estavam suspensas.
O embaixador da Espanha no Irã, Pedro Villena, confirmou à Agência Efe que tinha sido convocado nesta quarta-feira ao Ministério de Relações Exteriores no Teerã e que não foi comunicado sobre o corte das exportações de petróleo iraniano à Espanha.
Villena explicou que a conversa foi sobre as últimas sanções impostas pelos 27 ao Irã, entre elas o embargo petroleiro decidido pela UE a partir de julho, mas "não foi falado sobre sanções iranianas".
Os países afetados pela suspensão, segundo a "Press TV", são importadores de petróleo iraniano, embora os mais afetados sejam a Espanha, a Itália e a Grécia, que recebem entre 13 e 14% do petróleo que consomem do país persa.
A agência oficial iraniana, "Irna", informou que o diretor-geral para a Europa Ocidental do Ministério de Relações Exteriores, Hassan Tayik, tinha convocado esta manhã os embaixadores da Espanha e da Itália.
A agência acrescentou que, posteriormente, visitariam o Ministério os representantes da França, Portugal, Holanda e Grécia, sem mais detalhes.
O ministro do Petróleo do Irã, Rostam Qasemi, afirmou recentemente que estudavam a suspensão das exportações de petróleo a vários países europeus, em represália pelas sanções financeiras e petrolíferas impostas pela UE ao Irã no dia 23 de janeiro.
O Parlamento de Teerã também anunciou que preparava uma lei para proibir as exportações de petróleo e gás à Europa, mas texto algum foi tramitado e na semana passada iniciou um recesso, até o dia 4 de março.
Antes do recesso, 200 dos 290 deputados assinaram um comunicado no qual manifestavam seu apoio a qualquer medida que o Governo de Teerã pudesse adotar contra os 27 em resposta às novas sanções. EFE