Por Lisa Twaronite e Hideyuki Sano
TÓQUIO (Reuters) - As ações japonesas ultrapassaram máximas de sete anos nesta quarta-feira, deixando o resto da Ásia para trás, em meio a expectativas de que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, vai adiar o planejado aumento no imposto sobre vendas para evitar prejudicar a frágil recuperação econômica.
Às 7h25 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,14 por cento, depois que os índices norte-americanos fecharam estáveis a sessão que teve volumes baixos devido a um feriado nos Estados Unidos.
O índice japonês Nikkei roubou os holofotes pela maior parte da sessão, saltando para nova máxima de sete anos após a mídia local divulgar que Abe adiará o planejado aumento de imposto e convocará eleição geral para dezembro, em uma tentativa de consolidar o poder antes que sua avaliação entre eleitores caia mais. O Nikkei diminuiu os ganhos e fechou em alta de 0,43por cento.
Abe disse que tomará a decisão sobre o aumento de imposto após avaliar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do período de julho a setembro, que serão divulgados na próxima semana. A expectativa é de que os números salientem a fragilidade da recuperação após a forte contração no segundo trimestre.
O índice de Xangai subiu 1 por cento em um pregão volátil, ampliando a alta nesta semana após o anúncio do acordo que dará a investidores mundiais acesso mais fácil ao mercado acionário de 3,9 trilhões de dólares na China a partir da segunda-feira.