Helsinque, 11 fev (EFE).- A Nokia, maior fabricante mundial de telefones celulares, anunciou nesta sexta-feira um "amplo acordo estratégico" com a Microsoft para criar um novo sistema conjunto baseado no Windows Phone, que concorra com o iOS, da Apple, e o Android, do Google.
A companhia finlandesa assegurou em comunicado que adotará o Windows Phone como principal sistema operacional para seus smartphones e deixará em segundo plano o MeeGo, sua própria plataforma.
A aliança entre Nokia e Microsoft também contempla o desenvolvimento conjunto de novas aplicações e serviços para telefones móveis, em uma tentativa de competir com a App Store, da Apple, e o Android Market, do Google.
Este acordo faz parte da nova estratégia com a qual a Nokia pretende recuperar a liderança mundial da inovação no mercado da telefonia celular, muito debilitado desde a aparição do primeiro iPhone da Apple, em 2007.
A perda de terreno do gigante finlandês nos últimos anos levou há poucos dias seu novo diretor-executivo e antigo diretor da Microsoft, Stephen Elop, a comparar a situação da companhia com "uma plataforma petrolífera em chamas", em comunicado interno dirigido a seus funcionários.
"A Nokia está em uma conjuntura crítica, onde uma mudança significativa é necessária e inevitável em nosso caminho", afirmou nesta sexta-feira Elop em comunicado.
"Hoje estamos acelerando essa mudança através de um novo caminho, com o objetivo de recuperar a liderança nos smartphones, reforçar nossa plataforma móvel e realizar investimentos futuros", acrescentou.
A nova estratégia da Nokia também inclui algumas mudanças em sua cúpula de direção, embora menores que o esperado.
O maior prejudicado nesta remodelação foi o venezuelano Alberto Torres, responsável pelo desenvolvimento do MeeGo, que foi destituído nesta quinta-feira após o fracasso do novo sistema operacional para smartphones da Nokia.
Apesar de ter sido desenvolvido durante anos, o MeeGo, plataforma com a qual a Nokia queria reconquistar o mercado da telefonia celular, ainda não foi lançado. EFE