Berlim, 15 ago (EFE).- O co-governamental Partido Liberal Alemão
(FDP) aponta a que deve se aproveitar do forte impulso econômico
para estudar reduções tributárias, questão na qual essa legenda
insiste desde o início da legislatura e que foi motivo de discórdia
recorrente na coalizão da chanceler Angela Merkel.
"Mantemos em perspectiva uma descarga (fiscal) em interesse do
crescimento, a criação de postos de trabalho e uma maior justiça nos
rendimentos. Se há margem de manobra, deve ser aproveitada", aponta
Guido Westerwelle, presidente do FDP e ministro de Exteriores, em
entrevista ao "Bild am Sonntag".
Westerwelle, vice-chanceler na coalizão de Merkel, insiste em que
o sistema fiscal deve ser "simplificado", especialmente para a
classe média, à qual deve sser aliviada para "favorecer" o
crescimento econômico.
O líder liberal insiste assim no que foi seu cavalo de batalha
desde o início da segunda legislatura de Merkel, já à frente da
atual coalizão de centro-direito, e apesar da rejeição expressa a
isso vindo das filas da União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler.
Westerwelle sustenta sua tese no inesperado crescimento da
economia alemã no segundo trimestre do ano -um 2,2 % do Produto
Interno Bruto (++BIP++)- e enquanto se baralho já uma correção em
alta das previsões globais do ano.
Segundo "Der Spiegel", o Governo estima que o crescimento do PIB
este 2010 poderia chegar a 3%, o que, se for confirmado, dobraria as
previsões ainda vigentes de 1,5 %. EFE